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Câncer de intestino: entenda sintomas, tratamentos e como prevenir a doença de Preta Gil

Cantora foi diagnosticada com o câncer nessa terça-feira - cinco dias após ser internada com dores na região do estômago

A cantora Preta Gil, de 48 anos, revelou estar com câncer de intestino nessa terça-feira (10). Desde quinta passada, a artista estava internada na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, à espera de um diagnóstico médico. Ela deu entrada na unidade com fortes dores no estômago, passou por vários exames e permaneceu até que os resultados saíssem.

“Tenho um Adenocarcinoma na porção final do intestino. Inicio meu tratamento já na próxima segunda- feira e conto com a energia de todos para seguir tranquila e confiante”, postou Preta Gil nas redes sociais.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), “a doença é tratável e frequentemente curável”. Além disso, em estágios iniciais, a taxa de cura é bastante elevada.

Câncer de intestino no Brasil

O Instituto Nacional do Câncer faz estimativas trienais da quantidade de novos casos de câncer para os tipos que mais aparecem na população brasileira - a intenção é calcular equipamentos e fazer estimativas de insumos para hospitais de todo o país. A estimativa mais recente é a do triênio 2023, 2024 e 2025. Ela aponta que 45.630 pessoas - sendo 23.660 mulheres e 21.970 homens - podem ser acometidas por este tipo de câncer no período citado.

Em 2020, 20.245 pessoas morreram com a doença no país - 9.889 homens e 10.356 mulheres. Esses são os dados mais recentes divulgados pelo DATASUS - do Sistema Único de Saúde.

Tratamento

Inicialmente, o paciente é submetido a uma cirurgia para retirada da parte do intestino afetada e dos gânglios linfáticos dentro do abdome. Os gânglios são pequenas estruturas que fazem parte do sistema de defesa do corpo.

“Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia (uso de radiação), associada ou não à quimioterapia (uso de medicamentos), para diminuir a possibilidade de recidiva (retorno) do tumor”, destaca o Inca.

Conforme o instituto, “o tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor”.

“Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas. Após o tratamento, é importante realizar o acompanhamento médico para monitoramento de recidivas ou novos tumores”, explica o Inca.

Sintomas da doença

São vários os sintomas que podem indicar a doença. De acordo com o Inca, os mais frequentes são: sangue nas fezes; alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados); dor ou desconforto abdominal; fraqueza e anemia; perda de peso sem causa aparente; alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas); massa (tumoração) abdominal.

Inicialmente, o paciente pode procurar o médico que costumar consultar e, em caso de indício da doença, ele será encaminhado para um oncologista.

Ainda segundo o Inca:

Esses sinais e sintomas também estão presentes em problemas como hemorroidas, verminose, úlcera gástrica e outros, e devem ser investigados para seu diagnóstico correto e tratamento específico. Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.

Prevenção

A alimentação saudável, a prática de atividades físicas e a manutenção do peso corporal adequado são aliadas na prevenção da doença. “Uma alimentação saudável é composta, principalmente, por alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, grãos e sementes. Além disso deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana”.

Mais informações sobre a doença podem ser consultadas aqui.

Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.
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