Diagnosticada com
Sarah Ananda, Médica Líder Nacional dos Cuidados Paliativos do Grupo Oncoclínicas, explica que atividades físicas não são recomendadas em casos de pacientes oncológicos em situações muito específicas. Como, por exemplo, se o paciente possui metástase óssea generalizada ou osteoporose grave. Tudo por causa do risco de fratura.
Isso não significa, segundo a médica, que o paciente não pode fazer nenhuma atividade, mas ele precisará tomar mais cuidado e ter supervisão de um profissional. Além disso, nos casos de pacientes com fadiga extrema, que acabaram de passar por um tratamento, o ideal é se recuperar primeiro. Há também recomendações para pacientes que estão com “dor extrema”, que devem se tratar primeiro.
“A atividade física sempre vai ser mais benéfica, do que maléfica, só que é essencial que seja um programa personalizado, supervisionado, considerando as limitações e as necessidades específicas de cada paciente”, explica a médica.
Rafaela Aquino, fisioterapeuta do grupo Oncoclínicas, analisa de forma subjetiva o caso de Isabel Veloso. “Teria que checar o quanto está a funcionalidade dessa paciente, se essa caminhada que ela fez visando fortalecer foi proporcional ao que ela já faz no dia a dia, dentro da realidade dela, ou se ela se excedeu”, esclarece.
“Ao fazer uma atividade muito mais pesada do que ela está acostumada a fazer, a gente pode ter uma sobrecarga dos músculos e daí a limitação. Então é preciso de um profissional especializado para recomendar a intensidade dos exercícios, mas lembrando que a caminhada é uma atividade recomendada em pacientes oncológicos para que esse tenha uma melhor qualidade de vida nessa fase terminal”, acrescenta. Com a funcionalidade mantida, isso permitirá que ela consiga fazer coisas que mais gosta, como “viajar” e “passear”, destaca a fisioterapeuta.
Sobre a atividade ideal, ela pontua: “Vai variar do perfil e da fase de adoecimento desse paciente, então no caso dessa influenciadora, uma paciente jovem, que gostaria de se manter ativa, a indicação seria duas vezes de atividade fortalecimento, três vezes de atividade aeróbica, aumentando progressivamente as cargas”.
Os pacientes podem fazer também atividades como natação, hidroginástica e até musculação. “Então dentro das preferências do paciente a gente elenca a melhor atividade a ser proposta nesse momento, mas o ideal é fazer, além da atividade aeróbica que é a caminhada, uma atividade de fortalecimento, visando ganho de resistência muscular para que a pessoa fortaleça a musculatura e consiga fazer a caminhada da forma recomendada”.
Estágio terminal
Segundo a a influenciadora, após uma caminhada feita na segunda, ela
Devido à condição, Isabel pediu que o marido buscasse sua cadeira de rodas na casa da sogra. Sobre as dores, a influenciadora desabafou: “Vocês não têm noção do quanto que dói. Eu tô dando risada, mas fico desesperada, porque quero fazer as coisas dentro de casa, ir pra lá e pra cá, só que não consigo. O que me resta é dar risada, porque se eu fico chorando, não paro mais”, relatou.
A médica destaca sobre casos terminais: “Pacientes que estão nessa fase mais avançada da doença, a gente pode recomendar atividade física, mas tem que ser cuidadosamente planejada e supervisionada. Geralmente a gente recomenda exercício leve, exercício de alongamento, atividade que não causa muito estresse ou impacto”.
Ela dá exemplos: “Exercícios de baixa intensidade como yoga, Tai chi, exercício na água. É excelente porque tem menos risco de lesão e pode ajudar a manter a mobilidade sem sobrecarregar o corpo. Também a própria fisioterapia pode ser indicada para ajudar a fortalecer os músculos de forma segura e gradativa”.
Diagnóstico
A influenciadora Isabel Veloso, de 18 anos, relatou no dia 1º de março deste ano que enfrenta um câncer terminal e possui estimativa de 6 meses de vida - mas o
Anos atrás, Isabel recebeu diagnóstico da doença, passou por transplante de medula óssea, além de quimioterapia. Ela chegou a relatar que havia sido curada, porém a doença voltou.
Antes de se casar no civil dia 13 de abril,
O documento destaca que a adolescente possui “Linfoma de Hodgkin sem resposta ao tratamento quimioterápico” e que ela passa por “cuidados paliativos exclusivos”.
Isabel contou também