“Eles se dão muito bem, inclusive, enquanto estou aqui com vocês, ele está brincando lá com ela. Ele também se dá bem com meu filho mais velho, o que é mais difícil. É muito fácil se dá bem com criança, agora, com adulto, pessoa mais velha, nunca vi meu filho se dá tão bem na vida. Independente de ser meu marido, ou não, na vida mesmo, o Thiago é uma pessoa excepcional”, inicia.
“Obviamente, que a gente passa a vida com a Sophia, a gente mora com a Sophia. A cada 15 dias, ela vê o pai dela. Então acaba que é natural que ela tenha uma outra referência masculina, que é o meu marido, não cabia ela chamar ele de tio, por exemplo. Ele tá aqui representando, fazendo ela dormir todo dia, fazendo mamadeira, brincando, não poderia ser de outra forma”, continua.
Maíra relata ainda que a decisão de chamá-lo de pai partiu da própria criança. “Uma das coisas mais desafiadoras é a maternidade e a paternidade. Só que quando você é pai e mãe biologicamente, você não tem o que fazer, aquilo é uma decisão e você tem que dar conta de todas as decisões. Não é à toa que a mãe vive com o sentimento de culpa. Agora você imagina aturar a birra, os dias difíceis, você educar e você escolher ser pai de um compromisso que nem é seu. Então eu admiro muito a maneira que o Thiago resolve e escolhe tratar a Sophia todos os dias aturando as birras dela diárias, que não são poucas”, diz.
“Então o dia que a Sophia resolver chamar alguém de mãe, eu vou ser a primeira pessoa a aplaudir, porque eu vou entender o quanto essa pessoa ama minha filha. Essa é uma escolha da criança, e a criança que decide [...] Esse lugar é para ser aplaudido porque o lugar de mãe e pai biológico não se mexe, é um lugar inquestionável e intocável. Só que a escolha de ser um pai do coração ou mãe do coração vem da criança e de muito amor dado. Eu gostaria que a minha família fosse amada por todos os lados”, acrescenta.