Os candidatos à Prefeitura de São Paulo (SP) se enfrentam no último debate antes do segundo turno na noite desta sexta-feira (25). O encontro entre Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) acontece na “TV Globo”. O primeiro bloco do debate, com temas livres, foi dominado por
Guilherme Boulos questionou concessões promovidas pela gestão de Ricardo Nunes, como serviços funerários e de cemitérios, além da Sabesp — empresa de saneamento básico. O psolista chegou a questionar o atual prefeito sobre preços aplicados a famílias que perderam parentes. Boulos perguntou, por exemplo, se Nunes sabe o valor cobrado por missas de corpo presente. O atual prefeito desconversou, chamando a pergunta de “pegadinha”. O valor cobrado, segundo Boulos, ultrapassa os R$ 500.
“Negócio de pegadinha? É muito ruim isso. Não é pegadinha, não, Ricardo. Lamento que você desrespeite alguém que quer fazer uma oração e considerar algo menor. Eu vou a missa todo dia, Ricardo. Hoje, uma oração numa capela custa 580 reais no cemitério”, disse Boulos.
“A concessão é importante. Tem um contrato rígido. E a gente vai continuar melhorando o serviço funerário”, rebateu Nunes.
Nunes voltou a questionar Boulos sobre temas sensíveis de segurança, como legalização de drogas e saída temporária de presos.
“Você falou que não defendia a liberação de drogas. Tem vários vídeos, coloquei na minha rede, está todo mundo vendo isso. Você falou sim, que tem que liberar a maconha, tem que descriminalizar as drogas. Como é que a gente vai poder melhorar a segurança se você não vota o aumento de pena, se você quer liberar drogas, se você tem uma ação contrária àquilo que toda a sociedade precisa?”, disse Nunes.
“O que eu sempre defendi foi a diferenciação de usuário e traficante. A descriminalização do usuário. O que quer dizer isso? Traficante de droga que estraga a vida dos outros é criminoso e é caso de polícia. Esse é um ponto. O usuário, o dependente químico, não tem que ser preso, ele tem que ser tratado, tem que ser recuperado. É isso que eu defendo, que eu sempre defendi”, rebateu Boulos.