A Polícia Federal abriu inquérito e cumpre diligências neste sábado (5) para apurar o laudo médico falso divulgado pelo candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal. O documento acusava Guilherme Boulos (PSOL), que também disputa o executivo municipal, de usar cocaína.
A PF incluiu o laudo falso em um inquérito que foi aberto em setembro, após a primeira
tentativa de associação do psolista ao uso de drogas ilícitas. Na ocasião, Marçal havia divulgado um processo de outra pessoa,
Guilherme Bardauil Boulos (Cidadania) e não Guilherme de Castro Boulos.
Os agentes e peritos federais já analisam inconsistências do documento publicado nas redes sociais de Marçal, que deve prestar depoimento.
Ao longo da campanha eleitoral, Pablo Marçal vem afirmando, sem provas, de que Boulos seria usuário de drogas, mas na última sexta-feira (4), ele postou em seu perfil no Instagram um receituário médico falso descrevendo um atendimento psiquiátrico grave, causado pelo uso de cocaína. O candidato do PSOL
negou as alegações e disse que pedirá a prisão do ex-coach. De acordo com Boulos, o número de RG exposto na imagem está errado e conta com diversos erros ortográficos.
Com as acusações, o
Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) determinou nesta manhã a exclusão de todos os conteúdos divulgados no Instagram, TikTok e Youtube que fazem referência ao falso laudo.
O dono da clínica “Mais Consultas”, citada no documento, é Luiz Teixeira da Silva Júnior, amigo de Marçal que
já foi condenado por falsificação de diploma.
O dono da clínica “Mais Consulta” ao lado de Pablo Marçal
Reprodução | Redes Sociais.
Horas depois, o Instagram apagou a publicação do documento feita por Marçal
Reprodução | Redes Sociais.
O suposto laudo foi divulgado por Marçal nas redes sociais na última sexta-feira (4)
Reprodução | Redes Sociais.
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