O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) determinou que Guilherme Boulos (Solidariedade), candidato à vereador, mude seu sobrenome na urna em até dois dias.
A decisão, publicada na última sexta-feira (13), pede a retirada do “Boulos” para evitar que o eleitor se confunda no dia da votação. O nome registrado pelo candidato à vereador é o mesmo que o de Guilherme Boulos (PSOL), candidato ao cargo de prefeito em São Paulo.
O candidato do Solidariedade também é alvo de um pedido de indeferimento da candidatura por parte do Ministério Público Eleitoral devido ao nome escolhido para a eleição.
O nome completo dele é Guilherme Bardauil Boulos, diferente do deputado federal Guilherme Castro Boulos.
Entenda o que aconteceu
Ao longo da campanha eleitoral, o candidato Pablo Marçal (PRTB) associou Guilherme Boulos ao uso de drogas. Em entrevista na CNN, Marçal afirmou que o deputado já foi preso por porte de drogas, mas que iria comprovar o fato apenas no último debate, promovido pela TV Globo, já que o processo estaria “em segredo de Justiça”.
Porém, de acordo com uma apuração feita pelo jornal Folha de São Paulo, o Guilherme Boulos que sofreu um processo por “posse de drogas para o consumo pessoal” foi Bardauil, candidato à vereador na capital paulista, e não o candidato Guilherme Castro Boulos, do PSOL.
Para a CNN, Bardauil Boulos informou que o caso aconteceu quando ele tinha 21 anos e que a droga em questão era maconha e não cocaína, como Marçal teria falado.
Em decorrência dos ataques, Marçal foi multado em R$30 mil pela justiça eleitoral por “propaganda eleitoral negativa e inverídica” contra o psolista.
Segundo a decisão, a defesa do empresário não apresentou qualquer prova que atestasse a veracidade das alegações e praticou conduta ofensiva à honra de Boulos.