Filha do ex-presidente Michel Temer (MDB) e professora de Direito, Luciana Temer reafirmou, na manhã desde sábado (29), o voto no ex-presidente e candidato à reeleição Lula (PT). A advogada teria sido questionada sobre o apoio ao candidato petista após ele ter chamado Temer de “golpista” durante o debate da TV Globo.
Através de um vídeo publicado nas redes sociais, Luciana afirmou que o voto em Lula não é uma defesa do candidato. “Eu não defendo um homem, eu defendo um modelo de país, um modelo de sociedade, que não é possível definitivamente com um governante que desrespeita as instituições, que é favorável a crianças não frequentarem a escola, que é favorável ao armamento das pessoas e tem falas e atitudes machistas, racistas e homofóbicas”, afirmou a advogada.
A filha do ex-presidente ainda declarou que este não é o país que ela quer deixar para os filhos e netos. “Não é um país que quero para mim hoje. Por isso, voto 13. Não é uma defesa do Lula, é uma defesa do modelo de sociedade”, concluiu Luciana, que foi secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social na gestão de Fernando Haddad, em São Paulo.
Lula criticou Temer em debate
Durante a participação no debate da TV Globo, Lula chamou Temer de “golpista” ao confrontar Bolsonaro. “Eu vou contar uma coisa: ele se esquece que ele herdou a Presidência do Brasil de um golpista, que foi dado o golpe junto com ele. Não foi da presidenta Dilma. Ele recebeu o governo de um golpista chamado Michel Temer, do qual ele ajudou a derrubar a Dilma”, declarou o petista.
Em entrevista após o debate, Lula reafirmou que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) “foi um golpe”. “Inventaram uma história, deram veracidade à história e tiraram uma mulher digna que ganhou eleições. Ele (Temer) pode não gostar, mas acho que a Simone (Tebet - MDB) não está aqui por conta dele, está por conta da campanha. Ela virou personalidade importante, uma mulher que participou ativamente na política”, afirmou.
Michel Temer, que não declarou voto no segundo turno das eleições presidenciais, chamou Lula de “descompensado” pela declaração. Ao O Globo, o ex-presidente emedebista disse ter recebido contatos de correligionários afirmando que não votarão mais em Lula por causa da declaração."Coitado, não posso culpar ele. Às vezes, a pessoa está em um debate e diz coisas assim”, completou.