O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou na tarde desta sexta-feira (28) de uma transmissão ao vivo com o influenciador de finanças Thiago Nigro, do canal Primo Rico, e afirmou que o retorno no PT ao governo federal representará um retrocesso para a economia do país.
Na live que durou cerca de 40 minutos e foi transmitida pelo Instagram de Nigro, o presidente afirmou que seu governo trata o dinheiro público com respeito e que as gestões petistas usaram da demagogia para manter o povo na pobreza.
“Em época de eleição, o que político profissional gosta de falar é em desigualdade para ganhar voto dos mais pobres. É o que o PT sempre fez, mas eles são especialistas em fazer com que as pessoas fiquem mais pobres”, disse Bolsonaro.
Questionado sobre políticas assistencialistas no país, o presidente afirmou que os programas sociais são necessários em momentos de crise e que seu governo
“Tem uma massa de pessoas no Brasil que são pobres e você não pode fechar os olhos para essas pessoas. Nós buscamos espaço no orçamento para essas pessoas, com o Auxílio Brasil. Era em média R$ 190 do Bolsa Família, uma vergonha. Se não tivéssemos criado o auxílio emergencial o país teria quebrado”, disse.
Segundo Bolsonaro, quando o governo faz uma gestão correta das estatais e dos ministérios, é possível fazer investimentos em programas sociais. “Nós tratamos com respeito o dinheiro público, no passado as estatais eram socorridas pela União porque davam prejuízo. Hoje elas dão lucro. O rombo, com a roubalheira do PT nos fundos de pensão, chegou a R$ 40 bilhões. Você pode ver na delação do Palocci como é claro isso. E nós pensamos diferente, de modo que sobre recursos em nosso orçamento”, afirmou.
Nigro questionou Bolsonaro sobre o chamado ‘orçamento secreto’ e o presidente afirmou que a medida foi uma invenção do Poder Legislativo vetada por ele, mas que ele não pode fazer nada após a derrubada de seu veto.
“O que sempre acontecia no Brasil? Os partidos políticos tinham espaço nos governos, indicavam nomes para estatais, para bancos, como a Caixa e o Banco do Brasil, e ministérios. Alguns faziam bom uso disso, outros não. Dali saía o dinheiro da corrupção. Nós fechamos essa torneira. Todo mundo aqui é técnico nos ministérios, olha o Tarcísio, o Guedes, a Damares, a Teresa Cristina, entre outros”, disse.
“Então o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, quis espaço no governo, queria a recriação do ministério das Cidades, eu não aceitei. O que eles fizeram? Nós mandamos o projeto de lei orçamentária normalmente como em todo ano, eles pegaram esse projeto e fizeram uma emenda, criaram uma rubrica extra, na época de R$ 15 bilhões, agora são R$ 19 bilhões, onde quem destinaria esses bilhões seria o relator do orçamento. Eu não gostei dessa proposta e vetei. Mas daí o projeto volta para o Congresso e o Congresso derrubou o veto, com votação qualificada e passou a ser lei. Eu não posso fazer mais nada, tenho que cumprir o orçamento”, explicou Bolsonaro.