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Bruno Miranda critica Regime de Recuperação e defende construção do Rodoanel

Candidato do PDT afirmou que adesão ao RRF pode inviabilizar investimentos nas áreas de saúde e educação

Candidato do PDT ao Senado, vereador Bruno Miranda

O candidato do PDT ao Senado, vereador Bruno Miranda, afirmou que a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal pode inviabilizar investimentos nas áreas de saúde, educação e infraestrutura do estado.

Segundo ele, o tema precisa ser discutido pelo Congresso e pelo próximo presidente da República, com medidas menos impactantes para os estados.

“Sou contra o Regime de Recuperação nos moldes que estão sendo colocados, porque inviabiliza qualquer tipo de investimento no estado, sobretudo nas áreas da saúde, educação e infraestrutura. Precisamos discutir melhor. No Senado, quero fazer esse debate junto ao Congresso e com o presidente da República, seja qual presidente for eleito, defendendo os interesses de Minas Gerais”, afirmou Miranda.

O regime foi apresentado pelo governo Romeu Zema (Novo) como uma forma de equilibrar as contas públicas do estado. A adesão permite ao estado alongar o pagamento de dívidas de Minas com a União. Em contrapartida, o estado tem que privatizar a Codemig e equalizar gastos públicos.

O projeto foi enviado para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em 2019, mas nunca chegou a ser discutido. O governador Romeu Zema acusa o presidente do Legislativo, deputado Agostinho Patrus, de boicotar o projeto por questões políticas. Em junho, o Supremo Tribunal Federal determinou que o estado aderisse ao regime e afirmou que a ALMG se omitiu ao não debater o tema.

Rodoanel

O candidato do PDT afirmou que é a favor da construção de um Rodoanel Metropolitano em BH. A obra, apontada pelo governo de Minas como solução para os acidentes no Anel Rodoviário, foi concedida para iniciativa privada no dia 12 de agosto. O leilão foi vencido por um consórcio italiano e a concessão deve ser assinada até o final de setembro.

“Hoje temos o projeto do Rodoanel, que tem como um dos objetivos desafogar o trânsito do Anel. Há uma discussão com as prefeituras de Contagem e Betim sobre o traçado. É uma obra importante. Esse diálogo é atribuição do governador para que consiga fazer a obra avançar. No Senado, o que nós podemos é apoiar, respeitando as características do traçado, as questões de povos tradicionais estabelecidos e viabilizar recursos através de emendas. Sou favorável à obra”, disse Miranda.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.