Ouça a rádio

Ouvindo...

Times

Com ‘plantação’ e ‘colheita’, Minas aposta em ‘processo de jardinagem’ para captar investimentos na China

Comitiva liderada pelo governador Romeu Zema tenta, também, estreitar laços com empresas que já mostraram interesse em atuar no estado

Viagem à China serve para aproximar governo mineiro de empresários asiáticos

Viagem à China serve para aproximar governo mineiro de empresários asiáticos

Governo de Minas/Divulgação

“Plantar”, “regar” e “colher”. As palavras, utilizadas para definir os processos agrícolas, têm sido utilizadas por integrantes da comitiva do governo de Minas Gerais que está na China para descrever o processo de interlocução com empresas estrangeiras interessadas em investir no estado.

Nesta quinta-feira (9), em Xangai, João Paulo Braga, presidente da Invest Minas, agência estatal responsável por captar parcerias junto à iniciativa privada, disse que a viagem à Ásia serve não apenas para abrir diálogos com novos investidores, mas também para estreitar laços com parceiros já estabelecidos.

“Faço uma comparação: atrair investimentos é como um processo de jardinagem. Em alguns casos, estamos plantando sementes. É bater à porta de empresas que não conhecem Minas Gerais e falar: ‘venham conhecer o estado. Lá, a gente tem oportunidades de negócio e um povo trabalhador”, apontou.

Exemplo do início dos diálogos com empresas estrangeiras é a interlocução entre o governo e a chinesa Ganfeng Lithium. O governador Romeu Zema (Novo) foi à sede da empresa para apresentar, a executivos da companhia, o “Vale do Lítio” mineiro.

A Ganfeng, uma das maiores beneficiadoras do mineral utilizado para fins como a produção de baterias de carros elétricos, foi apresentada às potencialidades do cinturão formado por 14 municípios mineiros. A equipe de Zema tenta atrair a companhia para atuar no trabalho ligado à extração do lítio de Minas.

‘Presença’ é chave em competição

Na esteira do outro objetivo — o de impulsionar diálogos já abertos — o governo de Minas expandiu um acordo com a Huawei, multinacional de tecnologia. A empresa vai, inclusive, treinar professores da rede estadual de ensino.

“Existem empresas com quem a gente já está negociando — e negociações que, às vezes, podem durar um ano. A gente vem para deixar a chama acesa e insistir, porque, muitas vezes, estamos competindo com outros estados do Brasil e outros países da América do Sul. A presença e a constância são importantes”, apontou.

No início da semana, Zema já havia dito, à Itatiaia, que tem fornecido seu número de telefone pessoal a investidores interessados em atuar no estado. A medida serve para dar uma espécie de segurança aos executivos.

“Vamos nos encontrar com diversos empresários e investidores, mostrando que Minas é um estado que cresce mais do que a média do Brasil, superou muitas dificuldades e tem batido recordes na atração de investimentos e na geração de empregos. Se alguém for investir na América do Sul ou no Brasil, que seja em Minas Gerais, pois terá meu total apoio e de meu governo”, explicou.

A cobertura da Missão Empresarial à China, que tem a participação do governador de Minas, é oferecimento da FIEMG. Essa iniciativa tem como patrocínio Master CODEMGE, CBMM, GERDAU, J.Mendes e VALE, e parceria Samarco e Arcellor.

Leia mais