O presidente em exercício
O presidente interino chegou à Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul, nesta manhã, e uma comitiva ministerial com líderes de oito pastas o acompanhou às visitas às três cidades principalmente afetadas pelos temporais: Muçum, Lajeado e Roca Sales. Alckmin indicou que os R$ 741 milhões liberados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — que cumpre agenda oficial na Índia — serão divididos entre os ministérios do Governo Federal. “Foi criado o comitê interministerial para atuarmos na região do Vale do Taquari”, citou o presidente em exercício em referência à região gaúcha mais afetada pela intempérie climática. Os recursos estão divididos da seguinte maneira, segundo Alckmin detalhou parcialmente:
R$ 26 milhões para o Ministério da Defesa;
R$ 80 milhões para o Ministério da Saúde;
R$ 16 milhões para o Ministério dos Transportes;
R$ 125 milhões para os ministérios do Desenvolvimento Social e Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar;
R$ 57,4 milhões para o Ministério da Previdência Social;
R$ 195 milhões Ministério das Cidades;
R$ 185 milhões para o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional;
“Tudo está autorizado pelo presidente Lula. São R$ 26 milhões para a Defesa porque as operações com os helicópteros e batalhões são muito caras. R$ 80 milhões para o Ministério da Saúde para reconstrução das Unidades Básicas de Saúde, para a Força Nacional do SUS e para o Hospital de Campanha. Mais R$ 16 milhões do Ministério dos Transportes para reconstrução da ponte sobre o Rio das Antas na BR-116", adiantou Alckmin. “Também teremos R$ 125 milhões para o Programa de Aquisição de Alimentos [PAA] e os demais programas sociais. Além de R$ 195 milhões para o Ministério das Cidades para reconstrução das moradias, e outros R$ 185 milhões para auxiliar os municípios a se reconstruírem”, acrescentou. A lista completa de valores ainda será divulgada pelo Governo Federal.
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Na segunda-feira (11), o governo atualizará o número de municípios em situação de calamidade pública; de 79, neste domingo (10), para 88. O presidente em exercício reforçou quais são as ações postas em prática pelo Governo Federal, e sustentou que ainda na segunda-feira será enviada a primeira parcela do auxílio para desabrigados às prefeituras. “O governo pagará R$ 800 por pessoa desabrigada. O dinheiro irá para as prefeituras, que poderão atender a população no aspecto humanitário. A primeira parcela será de R$ 400 e em seguida pagaremos o restante”, indicou.
De acordo com Alckmin, a União entregará 20 mil cestas de alimentos e antecipará os pagamentos do Bolsa-Família, para 18 de setembro, e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), para o dia 25. O Executivo também liberou o saque-emergencial do FGTS no valor máximo de R$ 6.220. “E a Receita Federal, a pedido dos empresários, está prorrogando o pagamento dos tributos federais. Os vencimentos de setembro poderão ser pagos até dezembro, e os de outubro até janeiro”, concluiu.
O governador Eduardo Leite (PSDB) reforçou na coletiva de imprensa que o desastre humanitário no Rio Grande do Sul “não possui precedentes na história recente”, mas, afirmou que o Governo do Estado completará os recursos necessários para os cuidados com os municípios e com a população. “Não faltarão recursos. O governo não faltará com recursos para que a parte da infraestrutura das cidades seja restabelecida”, garantiu.