Presidente nacional do Partido Progressistas (PP) e ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), Ciro Nogueira disse que o ex-presidente “se torna um mártir” se for declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A declaração foi dada em uma entrevista exclusiva ao podcast da Itatiaia “Abrindo o Jogo”, que foi ao ar nesta quinta-feira (1º) e está disponível nos principais tocadores.
Nogueira compara Bolsonaro a Lula e critica a ação que corre na Justiça Eleitoral. Ele também diz que o ex-presidente, a quem define como homem “correto e sério”, não pode perder os direitos políticos por conta de uma reunião com embaixadores.
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“Eu torço para que isso não aconteça, essa questão de tornar um presidente correto, sério, como o presidente Bolsonaro, inelegível”, afirmou. “Se você comprar o que ele está sendo acusado com o que o Lula foi acusado, por exemplo, e que deixaram que ele fosse candidato, é inacreditável a diferença”, completou.
Bolsonaro responde a uma ação levada ao TSE pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), que questiona o ex-presidente por abuso de poder político por utilizar a estrutura da máquina pública em uma reunião com embaixadores no ano passado em que atacou o sistema eleitoral brasileiro. Caso seja condenado pela Corte, Bolsonaro pode perder os direitos políticos por oito anos e, com isso, não poderia participar das próximas eleições.
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“Você imaginar que um homem que teve 48% dos votos do Brasil, que foi eleito há quatro anos de forma expressiva e histórica e tirar o direito político de uma pessoa como o presidente Bolsonaro, seria inexplicável. Vai tornar ele um mártir e eu espero que não se cometa essa violência contra o direito do cidadão em votar. Eu não tenho dúvida, aí eu acho que ele se torna um mártir”, conclui Ciro Nogueira.
Senador desde 2011, o presidente do PP diz que política “tem fila” e que, em caso de a inelegibilidade de Bolsonaro se concretizar, os nomes dos governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) e de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), são fortes para integrarem uma
“Os dois nomes que estão à frente é o do governador Tarcísio, que tem direito à reeleição, e o governador Zema, que não tem direito à reeleição e é um nome fantástico, que pode muito bem representar esse campo político e tirar o Partido dos Trabalhadores do poder e voltar a ter pessoas que têm um compromisso com o país. É um homem que fez um trabalho belíssimo em Minas Gerais e, quem sabe, pode repetir isso no Brasil”, afirmou.
No entanto, segundo Ciro Nogueira o comandante desse processo ainda será Bolsonaro.