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STF encerra processos e mantém 294 presos por envolvimento nos atos de 8 de janeiro

Dos 2.151 presos em flagrante pela Polícia Federal, 11,5% permanecem detidos em presídios na região de Brasília

Ao todo, 294 pessoas permanecem presas por envolvimento nos atos de 8 de janeiro, em Brasília

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concluiu a análise de todos os processos envolvendo as mais de 2 mil pessoas que foram detidas por envolvimentos nos atos golpistas do dia 8 de janeiro.

No dia seguinte à invasão e depredação dos prédios do STF, Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, 2.151 pessoas foram presas, em flagrante, pela Polícia Federal. Desse total, 294 pessoas permanecem presas nas penitenciárias da Papuda e da Colmeia, no Distrito Federal.

Do total de presos, 745 foram liberados nos primeiros dias de detenção. Entre eles estão idosos com idade entre 60 e 70 anos, com comorbidades, além de mulheres com filhos menores de 12 anos. Na última quarta-feira (8), 149 mulheres também tiveram a liberdade concedida pelo STF.

Presos serão monitorados

A liberdade concedida por decisão do ministro Alexandre de Moraes, que ficou responsável pelos inquéritos, no entanto, vem acompanhada de medidas cautelares. Todas essas pessoas devem ser monitoradas por tornozeleiras eletrônicas, entregar os passaportes à Justiça e se apresentar ao juízo uma vez por semana.

Confira todas as medidas cautelares determinadas pelo STF:

  • Proibição de ausentar-se da comarca e recolhimento domiciliar no período noturno e nos finais de semana mediante tornozeleira eletrônica;

  • Obrigação de apresentar-se perante ao juízo da Execução da comarca de origem, no prazo de 24 horas e comparecimento semanal, todas as segundas-feiras;

  • Proibição de ausentar-se do país, com obrigação de realizar a entrega de seus passaportes no prazo de cinco dias;

  • Cancelamento de todos os passaportes emitidos pela República Federativa do Brasil;

  • Suspensão imediata de quaisquer documentos de porte de arma de fogo em nome da investigada, bem como certificados CAC;

  • Proibição de utilização de redes sociais;

  • Proibição de comunicar-se com os demais envolvidos, por qualquer meio.

Até o momento, 1.037 pessoas foram denunciadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e responderão pelos crimes de incitação ao crime e associação criminosa. Desse total, 219 também foram enquadradas em crimes mais graves.


Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.