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EUA prometeram ‘recursos vultosos’ para Fundo Amazônia, diz Alckmin após reunião com assessor de Biden

John Kerry está no Brasil para uma série de reuniões bilaterais para definir ações em conjunto com autoridades brasileiras

John Kerry se reuniu com o vice-presidente Geraldo Alckmin, em Brasília

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) confirmou, nesta segunda-feira (27), que os Estados Unidos estão empenhados em doarem “recursos vultosos” para o Fundo Amazônia e outras cooperações com o Brasil. O ministro da Indústria, Desenvolvimento, Comércio e Serviços participou de uma reunião com o enviado especial para o Clima, John Kerry, em Brasília.

“O enviado John Kerry não definiu valor, mas colocou que ele vai se empenhar junto ao governo, junto ao Congresso americano e junto à iniciativa privada para termos recursos vultosos, não só no Fundo Amazônia, como também outras cooperações”, afirmou.

Os Estados Unidos anunciaram, neste mês, durante encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Joe Biden, em Washington, a intenção de retomar as contribuições com o Fundo Amazônia, que tem como objetivo captar recursos para investimentos em ações de prevenção e combate ao desmatamento na região amazônica.

O Fundo Amazônia foi criado em 2008 e reúne cerca de R$ 3,3 bilhões em doações, utilizados em projetos na região Norte do país. Em 2019, o Fundo foi paralisado por determinação do governo de Jair Bolsonaro - e retomou as atividades desde que Lula assumiu a Presidência. A partir de agora, além das ações de combate ao desmatamento, o Fundo também financiará ações de proteção às comunidades indígenas, na esteira da crise humanitária vivida pelos povos Yanomami.

“Na área humanitária, está o atendimento a comunidades indígenas e o combate à desnutrição, ao desmatamento e a organizações criminosas que atuam na região”, disse Alckmin sobre as ações do Fundo Amazônia.

Os recursos dos Estados Unidos devem vir do governo norte-americano e da iniciativa privada. Além de Alckmin, se reuniram com Kerry, em Brasília, a ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante e a número 2 do Itamaraty, Maria Laura da Rocha.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.