A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) pode abrir, nesta quarta-feira (8), o
A partir daí, a Câmara elege uma comissão formada por três vereadores e o grupo terá 90 dias para apresentar um relatório final que pode recomendar ou não a cassação de Burguês. O documento também passará por votação e o vereador perderá o mandato caso 28 dos 41 vereadores votem a favor da cassação.
Indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais, Burguês usou o microfone para se defender das acusações. Ele se diz inocente, mas pede que os colegas votem pela abertura do processo de cassação para que possa se defender.
"É com profunda tristeza que vejo o processo de abertura da cassação do meu mandato, mas é com muita tranquilidade e serenidade que vejo a oportunidade de poder me defender das injustas acusações que vem sendo feitas à minha pessoa. Hoje, há uma peça da autoridade policial que pede indiciamento de minha pessoa e outras. Sou inocente de todas as acusações”, afirmou na cocasião.
Burguês também disse não ser como outros vereadores, que tiveram o mandato cassado, renunciaram ou foram presos por conta de envolvimentos em casos de corrupção. O parlamentar relembrou os casos de Wellington Magalhães, Cláudio Duarte e Rogério Alkimim.
“Eu não tenho nenhuma fita com nenhuma prova contra mim, como tinha o vereador Rogério Alkimim. Eu não sou o vereador Cláudio Duarte, que foi preso, seu chefe de gabinete é réu confesso e teve nove assessores que falaram da prática de rachadinha, disse. “Eu também não sou Wellington Magalhães, que teve pedido de prisão, ficou foragido da polícia, foi preso, usou tornozeleira, foi denunciado, julgado e condenado. Eu sequer fui denunciado”, relativizou.
Léo Burguês indiciado
A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) recebeu no final de semana uma representação pedindo a cassação do mandato do vereador Léo Burguês (União Brasil), indiciado na semana passada pela Polícia Civil por suspeita de praticar o esquema de “rachadinha”.
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No esquema, funcionários do parlamentar devolvem parte dos salários para o próprio chefe. Burguês negou na sexta-feira (27) a prática da “rachadinha” em seu gabinete.
A representação do advogado Mariel Marra traz trechos do inquérito policial com várias irregularidades que teriam sido praticadas pelo vereador.
“Burguês foi indiciado por suspeita de crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, advocacia administrativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. De acordo com o relatório final, havia prática de devolução de parte dos salários recebidos pelos servidores aos vereador e a existência de funcionários fantasmas”, diz o advogado.