Há um mês, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixaram o acampamento montado em frente à sede do Quartel-Geral do Exército, em Brasília, marcharam pelas ruas da capital federal, furaram um bloqueio montado por policiais na entrada da Praça dos Três Poderes e
De lá para cá, autoridades repudiaram os ataques aos Poderes, outras foram presas acusadas de envolvimento nos atos antidemocráticos. O governo federal determinou uma intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal e o ministro do STF, Alexandre de Moraes determinou uma série de investigações.
Confira o balanço de 1 mês desde os atos violentos de 8 de janeiro:
Prisões efetuadas
No dia seguinte aos atos golpistas, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e a Polícia Federal prenderam centenas de pessoas no
De acordo com dados do Supremo Tribunal Federal,
Além disso, a Polícia Federal deu início à
Até o momento, a PF já cumpriu cinco fases da operação e prendeu, por exemplo,
Autoridades investigadas
Em outra frente, o Supremo Tribunal Federal abriu uma série de investigações contra autoridades acusadas de envolvimento ou omissão nos atos.
Os primeiros alvos foram o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, e o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB).
Torres, que havia sido nomeado secretário no dia 2 de janeiro, estava de férias nos Estados Unidos, mas teve o pedido de prisão decretada por Moraes.
Já Ibaneis Rocha foi afastado do cargo por decisão de Moraes por um prazo de 90 dias. Ele colabora com as investigações, já prestou depoimento e disse que foi alvo de sabotagem pela cúpula da segurança do DF. Ibaneis Rocha também entregou seu celular para que pudesse ser periciado pela PF.
Na esteira da investigação dos atos antidemocráticos, também foram incluídos o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o senador Marcos do Val (Podemos-ES).
Já Do Val revelou uma reunião em que estava com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) em que eles teriam discutido um
Investigações no Exército e troca no comando
Um mês após os atos golpistas do dia 8 de janeiro, o Ministério Público Militar abriu oito inquéritos para investigar o papel de militares das Forças Armadas no episódio. De acordo com a Folha de S. Paulo, as investigações tem como foco apurar a possível omissão de integrantes das Forças durante as invasões ou o suposto
Isso porque, na noite que seguiu às invasões, militares do QG do Exército impediram, inclusive com o deslocamento de blindados, o acesso de policiais militares ao acampamento onde os bolsonaristas se refugiaram. Eles só foram presos no dia seguinte.
Os inquéritos ainda investigam se o Comando Militar da Amazônia, em Manaus, acolheu os manfiestantes golpistas dentro de sua estrutura, além da atuação isolada de militares na Praça dos Três Poderes.
Um dos inquéritos, por exemplo, investiga o episódio que envolveu uma discussão entre o ex-comandanto do Batalhão da Guarda Presidencial, Jorge Paulo Fernandes da Hora e policiais militares que tentavam prender os bolsonaristas dentro do Palácio do Planalto.
“Segura aqui. Estou falando para vocês segurarem aqui”, disse o general.
“Você está louco? Está todo mundo preso”, gritou um dos PMs para o membro do Exército.
As desconfianças do governo federal com as Forças Armadas resultaram em um desgaste que culminou com a
Danos ao patrimônio público
Até o momento, o Supremo Tribunal Federal, a Presidência da República e o Congresso Nacional estimam
A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu bloqueio de bens no valor de R$ 20,7 milhões para sete empresas e 176 pessoas acusadas de financiar ou participar dos atos golpistas. O objetivo é garantir recursos para custear os danos ao patrimônio público.