Ouvindo...

Alckmin recua e equipe de transição de Lula decide apoiar concessão do metrô de BH

Mais cedo, vice-presidente afirmou que pediria a Paulo Guedes para adiar leilão, marcado para a próxima quinta (22)

Concessão do metrô de Belo Horizonte está mantida para esta quinta-feira

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), responsável pela coordenação da equipe de transição do governo Lula, mudou de posição e decidiu apoiar a concessão do metrô de Belo Horizonte, que tem leilão marcado para quinta-feira (22).

Em ofício enviado ao Ministério da Economia na segunda-feira (19), Alckmin informou ao ministro Paulo Guedes que a equipe de transição não pedirá o adiamento do leilão do metrô da capital mineira. A equipe de transição do governo Lula pediu a suspensão dos leilões da Ceasa Minas e do Edifício Sedan, prédio que fica no centro do Rio de Janeiro e pertence ao Banco do Brasil.

A movimentação de integrantes do governo Lula e da bancada do PT tem desagradado o governador Romeu Zema (Novo), que considera a concessão do metrô um projeto fundamental para tirar do papel as obras de ampliação do metrô.

Prioridade

O projeto de concessão, que tem leilão marcado para quinta-feira (22), às 14 horas, prevê que a empresa concessionária ficará responsável pela ampliação da Linha 1 e pela construção da Linha 2, que vai ligar a região do Barreiro.

Nesta terça-feira (20), o governador afirmou que a obra é uma das prioridades de seu governo. “Vamos ter duas grandes obras que vão mudar o cenário da capital: o Rodoanel Metropolitano e o metrô, que me parece que tem gente tentando evitar que aconteça”, afirmou Zema.

Concessão mantida

No início do mês, a bancada do PT entrou com uma ação na Justiça pedindo o adiamento do projeto de concessão do metrô de BH, mas o pedido foi negado. Os petistas alegaram que a concessão criará uma despesa de R$ 2,8 bilhões para a futura gestão.

O juiz Eduardo Rocha Penteado, da 14ª Vara Federal do TRF da 1ª Região, negou pedido apresentado por Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, e pelos deputados Rogério Corrêa, Beatriz Cerqueira, Macaé Evaristo, Gleide Andrade, Odair Cunha e Leninha.

O magistrado argumentou que não existe o “alegado desvio de finalidade em relação ao crédito especial” de R$ 3,72 bilhões envolvidos na operação, pois o montante está contemplado no orçamento para o próximo governo.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.