Quase metade dos brasileiros faz compras online

O comércio pela web, incluindo produtos e serviços, já atinge 45% dos brasileiros — estável em relação ao ano anterior. A informação vem da Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação nos domicílios brasileiros – TIC Domicílios 2022, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação ( Cetic.br), do Comitê Gestor da Internet no Brasil ( CGI.br)/Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR ( NIC.br).

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Os maiores públicos dessas compras são indivíduos de classes A e B, com 88% e 67%, respectivamente. Da mesma forma, os indivíduos que mais recorrem às lojas virtuais são aqueles que ganham mais de 10 salários mínimos, com 79%, e entre cinco e 10 salários mínimos, com 78%. Em termos de faixa etária, o grupo entre 25 e 34 anos é o que mais compra online: 58%.

Os produtos preferidos (64%) por quem faz compras na web são roupas, calçados e material esportivo — quando o e-commerce ainda buscava espaço na preferência do consumidor, havia muito receio de comprar esses itens, pois o cliente preferia ver o produto e experimentá-lo antes de adquiri-lo. Em segundo lugar, vêm os itens para a casa ou eletrodomésticos (54%).

Em forma de pagamento, o cartão de crédito (73%) é a opção preferida nas compras online. O sistema de pagamento instantâneo (Pix) ocupa a segunda posição, com 66%. Na terceira colocação está o boleto bancário (43%).

O canal preferido (72%) por indivíduos que divulgam ou vendem produtos online são as redes sociais (como Facebook, Instagram e TikTok). Os aplicativos de mensagem (WhatsApp, Skype ou Telegram) ficam em segundo lugar (54%) e marketplaces, como Mercado Livre e OLX, ocupam a terceira posição (48%).

Já os compradores preferem comprar em marketplaces (72%), sites de lojas, como Americanas, Submarino e Netshoes (59%), e aplicativos de mensagem (30%). Em geral, o consumidor opta por receber os produtos em casa (95%): o percentual mais baixo está na zona rural (79%), já que algumas dessas áreas são de difícil acesso.

Em sua maioria, a faixa de gasto nas compras online é de até R$ 500 (34%). Somente 5% gastam entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. Já os que gastam mais de R$ 10 mil em compras online somam apenas 3%.

Entre os serviços mais comprados na web, o destaque são as plataformas de transporte por aplicativos (40%), como Uber e 99. Em segundo lugar, vêm os serviços de streaming de vídeo (38%), como Netflix e Globoplay. A terceira posição é de sites e aplicativos de refeições (33%), como iFood e Rappi.

E quem não compra?

Há, ainda, quem prefira na comprar online. Nesse grupo, a principal justificativa (83%) é “preferir comprar pessoalmente por gostar de ver o produto”. Além disso, há consumidores que não se interessam por essa modalidade de compra (53%), se preocupam de fornecer informações pessoais (51%) e não confiam no produto que vão receber (50%).

Mesmo quem não compra online, entretanto, pesquisa preços na internet. Segundo o levantamento, 67% dos participantes buscaram produtos na web. A maioria deles (78%) está no grupo que tem entre 25 e 34 anos. Em renda mensal, os que mais optam pelas compras online ganham mais de 10 salários mínimos (94%). Mesmo entre aqueles que não têm rendimentos mensais, 40% pesquisam por produtos na internet.