Entre as dificuldades enfrentadas pelas vítimas dos temporais que atingiram o
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Em reunião com associações e prestadoras do serviço, os danos causados pelas chuvas foram avaliados. “A gente está vendo o quanto o nosso setor é importante na vida das pessoas e, num momento como esse, faz a diferença para salvar vidas. É um momento delicado em que muitas famílias perderam vidas e ainda estão procurando pessoas”, aponta Juscelino Filho, ministro das Comunicações.
No encontro, foi discutida, ainda, a criação de um protocolo emergencial permanente do setor de telecomunicações para emergências. “Estamos em alerta porque, nos próximos dias, pode haver novos episódios de
Das quatro maiores operadoras de telefonia móvel e banda larga fixa no país, apenas a Oi não tem infraestrutura na região. As demais têm até 6% das redes afetadas no momento — São Sebastião é a cidade com a situação mais crítica. Como muitas estradas foram bloqueadas por segurança, o acesso aos locais em que estão as redes danificadas é mais difícil. Em algumas praias, por exemplo, só é possível chegar pelo mar.
Márcio França, ministro dos Portos e Aeroportos, colocou a infraestrutura e a logística do Porto de Santos à disposição para o envio de profissionais e equipamentos às regiões em que o acesso só se dá pela água. “Além disso, estou em contato com o Ministério de Minas e Energia, porque a energia afeta diretamente o serviço de telecomunicações”, destaca Juscelino.
Alertas foram emitidos
Ainda no fim de semana, a Anatel ofereceu à Defesa Civil o envio de servidores e equipamentos para auxiliar na localização de vítimas por meio do sinal emitido por aparelhos eletrônicos, como celulares e tablets. Os técnicos do órgão usam antenas de alto ganho — que localizam os sinais de maneira mais precisa —, radiocomunicadores e drones nas buscas.
A agência confirmou o envio de mensagens de alertas públicos do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (
Carlos Baigorri, presidente da Anatel, diz que a entidade estuda adotar um sistema similar ao utilizado nos EUA. “Todos os celulares ativos numa região de perigo recebem o alerta, de forma obrigatória, na tela do aparelho”, explica. No Brasil, atualmente, o cadastro é voluntário e depende da vontade do cidadão.
Enquanto a infraestrutura não estiver totalmente restabelecida, as operadoras vão manter pontos de acesso abertos a redes de internet Wi-Fi para facilitar a comunicação. O cabeamento de fibra óptica, por exemplo, tem sido consertado para o pronto reestabelecimento do serviço, mas está exposto porque muitos postes foram derrubados e não há infraestrutura adequada.