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Invadindo o mundo da robótica, alunas das Escolas SESI assumem o protagonismo feminino nas competições e na vida profissional

Atividades ampliam a discussão sobre a representatividade feminina e mostram que lugar de mulher é também na robótica.

Invadindo o mundo da robótica, alunas das Escolas SESI assumem o protagonismo feminino nas competições e na vida profissional

Em meio às montanhas da Serra da Mantiqueira e aos casarões da histórica São João del-Rei, elas estão saindo do papel de espectadoras das mudanças tecnológicas para se tornarem protagonistas deste mundo moderno. É por meio das aulas de robótica da Escola SESI São João del-Rei Dom Bosco que as meninas da equipe Atombot estão descobrindo novos caminhos para o futuro profissional. A equipe, formada quase que só por mulheres – são quatro meninas e dois meninos –, foi a grande vencedora do torneio regional de robótica do SESI. Tendo sido premiada também nos Estados Unidos, na competição First Championship, considerada a Copa do Mundo da robótica. A competição reuniu 108 equipes de diversas partes do mundo e a equipe Atombot ficou em 1º lugar na categoria Excelência de Engenharia e em 5º lugar geral no Desempenho do Robô.

A competidora Júlia Meneses conta que foi a primeira vez em que saiu do país e a experiência foi inesquecível. Graças ao torneio de robótica, ela conseguiu superar a timidez e fazer amizade com jovens de outras equipes, conversar com pessoas do Paraguai e até do Japão, numa troca de experiências muito rica. E completa: “Você aprende a falar melhor, tem uma parte muito mais profissional com robôs e ajuda muito não só na área de Exatas, mas também no Português e Literatura”.

E as meninas da Equipe Atombot foram além na competição internacional: Júlia Meneses, de 12 anos, e sua colega Estela Terzi, de 14, conquistaram o Botton Woodie Flowers, que premia os participantes que levam os valores do torneio para dentro da competição. São eles: trabalho em equipe, empatia e competição amigável.

Comemorando a conquista, Júlia destaca: “A mulher está entrando muito agora na robótica. Eles estão valorizando muito isso. Eu e a Estela, outra menina da equipe, ganhamos o botton da Woodie Flowers, em nome da Atombot. O Woodie Flowers é responsável por todos os valores, não só da CLL, mas de toda a First Championship”. Com certeza, a heroína da Inconfidência Mineira Bárbara Heliodora, conterrânea das estudantes da Escola SESI de São João del-Rei, estaria muito orgulhosa do sucesso das meninas da equipe Atombot.

Novos caminhos profissionais

Da histórica São João del-Rei à industrial Betim, outra equipe mineira fez bonito no Festival SESI de Robótica, uma das maiores competições de tecnologia voltadas para jovens. Na disputa nacional, a equipe Starbots, do SESI Senai Betim, foi medalha de prata em design na modalidade Tech Challenge (FTC). E, assim como a Atombots, a equipe betinense é composta por quatro meninas e dois meninos, confirmando como as mulheres estão marcando cada vez mais presença nas competições.

A mentora da equipe Starbots, Ariadne Mota, afirma que, por meio da robótica, entrou para o mundo da tecnologia. Ariadne conta que se encontrou no SESI, primeiro, no curso de mecatrônica. Hoje, ela é técnica em mecatrônica, e, graças ao contato com a robótica, já passou para a engenharia mecânica. “Ter mulheres atuando na robótica, nas áreas de Exatas, é uma revolução, porque era uma área protagonizada por homens até há pouco tempo. Mas, com toda a informação que a gente tem hoje, com incentivo, com redes sociais e toda a disseminação dessa cultura, as mulheres podem agora ocupar esses cargos. Isso tudo gera uma nova gama de conhecimentos e eu me sinto parte desta revolução, podendo representar e traçar o futuro dessas jovens”, afirma Ariadne.

Também a competidora da equipe Starbots Izadora Muzzi destaca que essa representatividade feminina na robótica cresceu bastante nestes últimos tempos, o que a tem deixado muito feliz e realizada. “É muito legal ver esse crescimento, esse empoderamento feminino”, completa Izadora.

Construindo um futuro mais justo e igualitário

Desmistificando o conceito de que robótica é só para meninos, as meninas das Escolas SESI estão em todas as áreas dos torneios nacionais e internacionais. Não só na parte dos projetos, mas construindo, programando e operando os robôs, nas arenas das competições, e, o que é melhor, nos pódios.

E, se há alguns anos, cargos e funções nas áreas de tecnologia eram sempre ocupados por homens, hoje esta realidade vem se transformando. Além de preparar as jovens para os novos desafios do mercado de trabalho, as Escolas SESI estão abrindo caminhos para questões mais amplas, como o protagonismo feminino, mostrando que lugar de mulher é também na robótica. Saiba mais em sesimg.com.br.