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Cliente do iFood passa por golpe da confirmação de entrega

Veja como a prática ocorre e saiba como se proteger de ações semelhantes

Golpe usa recurso de segurança para atingir cliente

Desde 2020, entregadores do iFood têm de pedir um código ao cliente que recebe o pedido feito na plataforma. Essa sequência é composta pelos quatro últimos dígitos do celular cadastrado na conta do consumidor. A inovação dos golpistas é obter essa informação e fugir com a encomenda.

Thiago Soares, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), comentou no Twitter que foi vítima de um golpe que usa o recurso de segurança contra o cliente. Primeiramente, o entregador entrou em contato com ele para dizer que estava perdido e não conseguia encontrar o endereço por não ser da região.

Logo em seguida, o parceiro do iFood pediu que o Soares enviasse sua localização para que ele pudesse encontrar o local mais facilmente. Ao receber a mensagem e saber o número de celular do cliente, o entregador confirmou que o pedido havia sido recebido e foi embora com ele, em vez de levá-lo ao comprador.

À reportagem da Itatiaia, Soares informou que o iFood reembolsou o valor pago pelo pedido. “Mas o app segue com a mesma falha: usa os quatro últimos dígitos do celular como código de entrega — o que deixa o sistema vulnerável”, lamenta.

Depois que Soares relatou a experiência no Twitter, vários outros usuários da plataforma contaram situações parecidas — tanto no Brasil quanto no exterior.

Como se proteger

Esse é mais um golpe que usa engenharia social: a ideia em si parece recente, mas mais uma vez explora a confiança. Então, para se manter seguro, mantenha toda a comunicação com entregadores e estabelecimentos apenas no chat do aplicativo e nunca informe nenhum dado pessoal a esses parceiros.

O iFood diz que repudia desvios de conduta de compradores, estabelecimentos ou entregadores. “A plataforma mantém comunicações a fim de orientar clientes e parceiros sobre golpes. E tem uma equipe interna especializada e dedicada ao acompanhamento de atividades suspeitas em todo o país”, destaca.