Apenas no primeiro trimestre de 2022, o
Ao todo, a rede social removeu mais de 44 milhões de contas em todo o mundo apenas entre janeiro e março. Adicionalmente às que poderiam pertencer a crianças, foram retirados do TikTok 20 milhões de perfis identificados como falsos e outros 3,3 milhões por outros motivos.
Aqui no Brasil, um pai recorreu à Vara da Criança e da Juventude de São Paulo para acusar o TikTok de violar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Segundo ele, o serviço expõe esse público a conteúdos inapropriados para a faixa etária, já que não tem mecanismos para verificação da idade real dos usuários. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), então, determinou a
Recorde histórico
No mesmo período, a remoção de vídeos atingiu recorde histórico: foram 102,3 milhões. Isso representa cerca de 1% do total de vídeos carregados no TikTok. O Brasil foi o quinto país com mais vídeos apagados: quase 4,8 milhões. Em primeiro lugar ficaram os EUA, com 14 milhões. Paquistão (12,5 milhões), Filipinas (7,9 milhões) e Indonésia (6,9 milhões) ficaram com a segunda, terceira e quarta colocação, respectivamente.
O motivo mais frequente para a exclusão foram imagens que colocam em risco a “segurança de menores”. Na segunda posição, estão “atividades ilegais e mercadorias não regulamentadas” e, na terceira, “nudez de adultos e atividades sexuais”. Além disso, a plataforma está atenta a quem tenta tornar as próprias métricas mais atraentes: entre janeiro e março de 2022, 623 milhões de seguidores falsos foram eliminados do serviço, assim como 248 milhões de curtidas falsas.
Apenas sobre a invasão da Ucrânia contra a Rússia (a partir de 24 de fevereiro), foram retirados mais de 41 mil vídeos. A maioria (87%) foi considerada informação enganosa ou prejudicial. Cerca de 13,8 mil deles foram avaliados por humanos no mundo todo — quando a veracidade das informações não podia ser confirmada (5,6 mil casos), eles recebiam um alerta.
As diretrizes da plataforma passaram a incluir, ainda, cláusulas sobre informações vindas de órgãos de imprensa controlados pelo Estado: 49 contas ligadas ao governo russo receberam essa classificação. Assim, foram removidas 204 contas e 6 redes que coordenavam conteúdos para “influenciar a opinião pública e enganar os usuários sobre suas identidades”, diz o relatório.