O empresário investigado por mandar demolir quatro casas no distrito de Angueritá, em Curvelo, região central de Minas, se denunciado pode responder por pelo menos três crimes: dano qualificado, devido a derrubada das casas, ameaça, crimes ambientais pela derrubada de árvores e também maus-tratos a animais. A Polícia Civil já acolheu o depoimento das vítimas e de testemunhas e
O delegado Henrique César Faleiros, responsável pelo inquérito, já adianta que já está provado que as vítimas são as verdadeiras proprietárias da terra.
Leia também:
“Houve instalação de um inquérito para apuração dos fatos, as apurações seguem em trâmite e um procedimento que demandam algum tempo para sua finalização. Temos aqui os depoimentos das vítimas, todos já compareceram na delegacia de polícia e prestaram as suas declarações, assim como algumas testemunhas do fato. Eu estive no local acompanhando a realização dos trabalhos periciais e em breve teremos os laudos a esse respeito, os trâmites de investigação continuo para apuração total do fato e responsabilização dos autores”, explica.
“A família dos moradores da localidade
“O fato em apuração é extremamente grave. Uma das casas era ocupadas por um senhor de certa idade e que perdeu todos os seus pertences. Não lhe foi dada a oportunidade se quer de retirar as suas roupas ou vários pertences de uso pessoal. As casas foram destruídas sem o mínimo respeito e sem nenhum tipo de diálogo, e essa gravidade dos fatos é levada em conta na condução das investigações”, relata.
Como divulgado com exclusividade pela Itatiaia, durante o feriado da semana passada uma das vítimas, um idoso de 71 anos, foi surpreendido por quatro homens com dois maquinários que chegaram ordenando que eles saísse de casa, demolindo além do imóvel do Idoso, outras três casas na região.
A alegação dos homens ao idoso era que a terra seria do proprietário da empresa, Altivo Pedras, que fica em Papagaios e que ele teria ordenado a demolição das casas.
A Polícia Militar chegou a conversar com o empresário por telefone e que teria legado que acreditava que a terra era dele.
Posicionamento da Prefeitura de Curvelo
“Foi com tristeza e indignação que a Prefeitura de Curvelo tomou conhecimento da demolição e da situação vivenciada por um idoso no Distrito de Angueretá. Esclarecemos que a Prefeitura já entrou em contato com o comando do 42º Batalhão de Polícia Militar que já está trabalhando no caso em conjunto com a Polícia Civil. Não trata-se de nenhuma ação pública ou de mandado judicial. A Prefeitura de Curvelo desconhece o motivo e não tem nenhum envolvimento com a demolição. A Prefeitura, por meio dos órgãos de assistência social, está apurando a situação da família para avaliar as medidas de suporte que se fazem necessárias.”
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) também se manifestou em nota e afirmou que “apura o caso e, assim que possível, outras informações serão divulgadas.”
*Com informações de Larissa Ricci e Rômulo Ávila