A Comissão de Direitos Humanos na Assembleia Legislativa de Minas Gerias (ALMG) entrou em contato com a família do idoso que teve a casa demolida por um empresário no distrito de Angueretá, em Curvelo, região Central de Minas Gerais. O caso foi revelado em primeira mão pela Itatiaia. Ao todo, quatro imóveis foram demolidos na última quarta-feira (11) sem qualquer autorização judicial.
Leia também:
Empresário que derrubou casa de idoso sondou ação da polícia e prefeitura sobre terreno
Um dos imóveis destruídos era de Valdevir Gomes, de 71 anos. Imagens mostram o idoso sentado em um colchão em meio aos destroços.
Após a polícia identificar a empresa dona das máquinas, um empresário assumiu que foi o responsável por determinar a derrubada das casas por achar que as terras eram dele. No entanto, fontes da Itatiaia, revelam que, uma semana antes de mandar demolir as casas, o empresário procurou a polícia para saber o número de viaturas que circulavam pelo distrito e o tempo que a viatura demorava para chegar ao local.
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALMG, a deputada Andréia de Jesus (PT) explicou que a comissão atua quando demandada. No entanto, procurou parentes do idoso. “O que tentamos fazer é uma busca ativa, ir atrás dos familiares desses idosos. Chegamos no nome que seria da possível filha do casal e informamos que se tratava de uma violação de direitos humanos. Tanto do direito à moradia, como ao Estatuto do Idoso. Explicamos tudo em uma mensagem e estamos aguardando resposta”, disse a deputada.
O caso é investigado pela Polícia Civil. “Eu fui tirando um pouquinho das coisas, o que eu dei conta de tirar, e eles foram quebrando tudo. Eu custei a tirar as coisas. Minhas pernas tudo dormentes”, contou o idoso, que confessou ter enfrentado dificuldade, já que está debilitado após ter tido uma anemia. “Eu perguntava: quem mandou derrubar? E eles falaram que foi o dono da Altivo Pedras. É muita tristeza, é muita ruindade. Quem faz um trem desses não tem coração, não.”
O prefeito de Curvelo, Luiz Paulo, classifica o caso como desumano e promete apuração e punição.