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A paciente havia contratado o médico em meados de 2022 para uma cirurgia plástica íntima. As consultas pós e pré-operatórias sempre foram acompanhadas por uma secretária. Mas, em agosto de 2022, o cirurgião plástico ligou para a paciente, pedindo para que ela fosse ao consultório nove dias antes da consulta marcada.
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Ao chegar no local, ela percebeu que a secretária não estava lá. Em determinado momento da consulta, o médico pediu para ela se despir, pois ele gostaria de ver o corpo inteiro da paciente. Logo depois, passou a abusar sexualmente dela, chegando a cometer conjunção carnal. A prática seria a mesma usada pelo médico para abusar de outras pacientes.
Em depoimento, Hudson de Almeida negou as acusações e disse que o material genético encontrado nela foi porque teria analisado a região íntima dela sem as luvas. O cirurgião plástico ainda afirmou que está sendo vítima de um complô e que a mulher estaria tentando conseguir dinheiro dele.
A sentença, assinada na segunda-feira (18) pelo juiz juiz Elias Aparecido de Oliveira, define uma pena de três anos e seis meses no regime semiaberto para o cirurgião plástico, que foi condenado pelo artigo 215 do Código Penal (ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima).
O advogado da vítima afirma que está avaliando se entrará com um recurso para aumentar a pena. Segundo ele, sua cliente “não vê a hora deste pesadelo acabar”.
Relembre o caso
O cirurgião plástico foi
As investigações começaram em agosto de 2022, quando a vítima procurou a delegacia para relatar o abuso ocorrido durante uma consulta médica. Na ocasião, a mulher foi encaminhada para um hospital, onde passou pelo protocolo de atendimento voltado a vítimas de violência sexual. A partir do material coletado, foram encontrados vestígios do DNA do médico no corpo da vítima, reforçando as suspeitas contra o investigado.
De acordo com a Polícia Civil, o médico, que também era professor universitário, já havia sido indiciado em 2021 por estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude.