Ouvindo...

Greve na rede particular de BH: sindicato de escolas minimiza efeitos

Representante patronal classificou paralisação como 'ínfima’, mas afirmou que escolas e professores devem ‘alinhar e adequar realidades'; patrões e professores fazem nova reunião na terça (12)

Representantes de escolas e professores se reúnem nesta terça

O sindicato que representa as escolas particulares de Minas Gerais (Sinepe-MG) minimizou os efeitos da greve dos professores da rede privada de Belo Horizonte e reiterou que a classe patronal está disposta a negociar para que a paralisação termine o mais rápido possível. Segundo o sindicato dos professores, a greve afeta cerca de 40 escolas da capital mineira.

O superintendente do SinepeMG, Paulo Leite, disse à Itatiaia que considera como “ínfima” a proporção de paralisação em Belo Horizonte. Ao invés de “pontos de discordância”, o representante afirma que escolas e professores têm “pontos de alinhamento e de adequação de realidades” que precisam ser resolvidas nas reuniões de negociação.

“Só neste ano, estivemos juntos em 20 reuniões formais e mais cinco audiências do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), onde a dinâmica é consolidada por um desembargador. Inclusive, ele nos concedeu até quinta (14) para tratarmos dessas diferenças que surgiram de última hora por parte do sindicato dos professores. No nosso entendimento, estávamos muito alinhados.”

Paulo afirma que o ensino particular mineiro é um dos melhores do país e o serviço não seria excepcional caso os profissionais estivessem insatisfeitos. O superintendente reiterou o compromisso do sindicato com as famílias.

“Nosso esforço é pela manutenção da abertura das escolas e em melhorar a situação das unidades mais impactadas pela paralisação. O estudante é a nossa razão de ser. O tempo todo temos ações para trabalhar quaisquer impactos, seja efeito de greve ou a pandemia recente, por exemplo.”

Greve na rede particular em BH

Os professores da rede de ensino particular de Belo Horizonte decidiram por manter a greve por tempo indeterminado. A categoria tomou a decisão na manhã desta segunda-feira (11), no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte. De acordo com informações da presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (SinproMG), Valéria Morato, mais de 40 escolas foram representadas e mais de 1500 professores estiveram presentes.

Segundo o SinproMG, os donos de escolas particulares de tentar reduzir direitos da categoria. Entre as mudanças sugeridas pelos patrões, estão a diminuição do adicional por tempo de serviço, a alteração da isonomia salarial, reajuste sem ganho real, pagamento de abono parcelado e alteração nos períodos de férias e recesso entre dezembro e janeiro.

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.