Justiça concede liberdade de falso major do Exército sob fiança de R$ 3 mil em BH

Após audiência de custódia, o juiz descartou a prisão preventiva e concedeu liberdade provisória ao acusado de de aplicar golpes na família da namorada; prejuízo ultrapassa os R$ 50 mil

Itens apreendidos pela polícia com André Lefon Ribeiro de Souza Martins

André Lefon Ribeiro de Souza Martins, de 24 anos, preso por se passar por major do Exército e aplicar um golpe de mais de R$ 50 mil na namorada, de 26, e na família dela, vai responder em liberdade após pagar uma fiança de R$ 3 mil. A decisão foi tomada durante a audiência de custódia desta sexta-feira (21), em Belo Horizonte.

Ele havia sido detido na última quarta-feira (19) no bairro Nova Suíça, na Região Oeste da capital, e autuado por violência psicológica contra a mulher.

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Segundo o juiz responsável pelo caso, apesar de existirem indícios das agressões e do golpe, não era necessário manter André preso.

Ele também terá de cumprir medidas cautelares: usar tornozeleira eletrônica por 120 dias, não se aproximar da vítima a menos de 200 metros nem manter contato por qualquer meio, além de comparecer a todos os atos do processo e manter o endereço atualizado.

A reportagem tenta contato com a defesa de André. O espaço está aberto caso queira se manifestar.

Entenda o que aconteceu

De acordo com o Boletim de Ocorrência (B.O.) registrado nessa quarta-feira (19), o jovem usou farda no próprio casamento, apresentou uma certidão falsa e causou prejuízo superior a R$ 50 mil ao afirmar que havia sido aprovado na Interpol, a polícia internacional, e que precisava de ajuda para pagar cursos obrigatórios.

A vítima contou à Itatiaia que o conheceu há cerca de dez meses pelo Tinder e só depois descobriu que toda a história contada por ele era falsa — inclusive o próprio casamento.

O advogado Marcelo Colen, que representa a família, descreveu a conduta do suspeito como uma “mentira sistemática” e confirmou que ele já havia sido preso como falso médico.

Em junho de 2022, o jovem de 20 anos foi preso em Varginha suspeito de se passar por profissional de saúde. Na época, a diretoria de um plano de saúde acionou a polícia após desconfiar do comportamento do suposto profissional, que havia trabalhado no local por dois meses.

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Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.
Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.
Jornalista formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH). Na Itatiaia desde 2008, é “cria” da rádio, onde começou como estagiário. É especialista na cobertura de jornalismo policial e também assuntos factuais. Também participou de coberturas especiais em BH, Minas Gerais e outros estados. Além de repórter, é também apresentador do programa Itatiaia Patrulha na ausência do titular e amigo, Renato Rios Neto.

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