O advogado Marcelo Colen, que representa a família vítima do
Segundo o Boletim de Ocorrência (B.O.), o homem usou farda no casamento, apresentou uma certidão falsa e causou prejuízo superior a R$ 50 mil ao afirmar que havia sido aprovado na Interpol, polícia internacional. A vítima, de 26 anos, contou à Itatiaia que
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Segundo Colen, o principal crime em apuração é o estelionato, especialmente na modalidade estelionato afetivo, em que o golpista utiliza uma relação emocional para obter vantagem financeira. “É quando a pessoa se vale do vínculo afetivo para conseguir a vantagem econômica”, explicou.
Além da fraude emocional, o suspeito também deve ser investigado por fabricar e usar documentos falsos, utilizar indevidamente insígnias das Forças Armadas, usurpar função pública e se passar por policial e por major do Exército.
“São várias condutas criminosas e uma família inteira enganada ao longo de quase um ano, com dano psicológico e um crime relacionado a infligir sofrimento mental deliberado por meio de atos de manipulação. Além disso, houve um prejuízo financeiro significativo. Para uma família de classe média, arcar com algo assim é lamentável. Esperamos que as autoridades tratem o caso com a seriedade que ele exige.”
Registro de falso médico
Colen alerta que o caso pode não ser isolado. Ele afirma que o mesmo homem já respondeu a um registro policial em Varginha, no Sul de Minas, por ter se passado por médico durante dois meses. “É uma situação de mentira sistemática”, disse.
Até a publicação da matéria, o caso está em situação em flagrante, mas o advogado teme que o suspeito seja liberado. “É triste constatar, mas existe essa grande possibilidade”, afirmou.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil e aguarda um posicionamento. O espaço está aberto caso o suspeito queira se manifestar.