Produção industrial de Minas cresce em outubro mais do que a média nacional

Levantamento da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) foi divulgado nesta terça-feira (9) pelo IBGE

Crescimento do setor em Minas Gerais foi impulsionado por um avanço de quase 9% da indústria extrativa

A produção industrial de Minas Gerais teve um crescimento de 2,1% em outubro, frente a setembro, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (9). O levantamento da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) mostra que o setor teve um avanço maior do que a média nacional, que teve uma variação positiva de apenas 0,1%.

O crescimento da indústria no estado foi impulsionado pelo bom desempenho da indústria extrativa, segmento que extrai recursos da natureza, como minério e petróleo, que avançou 8,9% em outubro. Em contrapartida, a indústria de transformação, que transforma matérias-primas em produtos finais ou intermediários, recuou 1,2%.

Sete das 13 atividades que compõem a indústria de transformação registraram queda na produção em outubro. Os principais resultados negativos vieram da produção de máquinas e equipamentos, com retração de 18,8%; produtos químicos (9,5%); e alimentos, com queda de (1,8%). Dentre as seis atividades em crescimento, a maior influência positiva veio da indústria de bebidas (6,3%) e borracha e material plástico (7%).

Na comparação entre outubro deste ano e o mesmo período do ano passado, a indústria mineira teve um avanço de 2,9%. O destaque segue na indústria extrativa, que tem um crescimento de 15,8% na produção, enquanto a indústria de transformação recua 1,4%. No acumulado de 2025, o setor no geral apresenta avanço de 0,8%, em linha com o crescimento nacional.

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Segundo a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), ainda que o setor mineiro apresenta uma performance melhor que a indústria brasileira nos últimos meses, a tendência de crescimento deve ser alinhada à observada no cenário nacional. De acordo com relatório da entidade, o setor tem sido influenciado pela alta taxa básica de juros, atualmente em 15% ao ano.

“No ambiente doméstico, a manutenção de uma política monetária contracionista tem afetado continuamente setores importantes, como o de materiais e equipamentos elétricos e a produção de minerais não metálicos. No setor de materiais e equipamentos elétricos, encontram-se bens de consumo duráveis, que já sentem o arrefecimento do consumo das famílias. Já os minerais não metálicos correspondem, em boa parte, aos insumos da indústria da Construção Civil, que tem apresentando baixo desempenho no estado, reflexo do alto custo do financiamento”, disse.

Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.

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