O preço mundial dos alimentos apresentou estabilidade em agosto, segundo o Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). O relatório, divulgado neste mês, mostra que a alta no preço das
Carne bovina dispara e atinge valor recorde
A notícia que mais mexe com o bolso do trabalhador é o aumento no preço da carne. O valor da carne bovina atingiu um novo recorde histórico, impulsionado pela forte procura dos Estados Unidos e da China. Isso afeta diretamente o Brasil, que é um grande exportador.
Mesmo com o país vendendo menos para os EUA por causa de novas tarifas, a demanda chinesa manteve os preços de exportação altos. Para o consumidor brasileiro, isso significa carne mais cara no açougue e no supermercado. A carne de ovelha também subiu, refletindo a baixa oferta na Oceania.
O que mais subiu de preço?
Além da carne, outros produtos importantes para o dia a dia e para pequenos negócios, como lanchonetes e padarias, também ficaram mais caros:
- Óleos Vegetais: Atingiram o maior valor desde julho de 2022. A alta foi puxada pelos óleos de palma, girassol e canola. A decisão da Indonésia de usar mais biodiesel em 2026 ajudou a elevar os preços.
- Açúcar: Subiu um pouco, preocupando quem depende do produto. A produção no Brasil foi menor que o esperado, o que pressionou os valores para cima.
O que ficou mais barato?
- Cereais: O preço do trigo continuou caindo por causa da grande oferta no mundo. Isso pode ajudar a baratear o pão e outros derivados. O arroz também teve uma queda de 2%.
- Lácteos: O preço do leite e seus derivados caiu pelo segundo mês seguido. A manteiga e o queijo ficaram mais baratos, principalmente pela produção forte na Nova Zelândia e pela demanda mais fraca na Ásia.
Entenda
O Índice de Preços de Alimentos da FAO é um medidor mensal que acompanha os preços internacionais de uma cesta de alimentos básicos. Ele serve como um termômetro para a economia global e ajuda a entender como a inflação dos alimentos pode afetar o custo de vida em diversos países, incluindo o Brasil.
Embora o índice geral tenha ficado estável, as variações em cada categoria mostram um cenário de alerta. A alta da carne e dos óleos pode continuar pressionando o orçamento das famílias e os custos de pequenos empresários nos próximos meses.
*com informações do Estadão Conteúdo e sob a supervisão de Lucas Borges