No Brasil, a
Além de facilitarem o
O desafio do desconhecimento
Um dos principais desafios, segundo Nascimento, é que muitos adultos desconhecem a existência de um calendário vacinal específico para sua faixa etária. Em entrevista à Itatiaia, a especialista destacou que, no imaginário do trabalhador, a imunização costuma estar associada apenas à infância ou, no máximo, à campanha anual contra a gripe (influenza).
Esse desconhecimento abre espaço para que informações falsas circulem, e é nesse vácuo que as companhias podem atuar: ajudando a desmistificar conteúdos e a combater a hesitação.
“Muitos adultos desconhecem a existência de um calendário vacinal específico para essa faixa etária, que inclui doses de reforço e vacinas de rotina, como dTpa, hepatite B e influenza, conforme recomendado pela sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e pelo Ministério da Saúde.” explicou a consultora.
O fato é que o calendário recomendado pelo Ministério da Saúde e pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) é bastante extenso. A lista de recomendações inclui:
- Hepatite B: Esquema de três doses para quem não foi vacinado na infância;
- Tríplice viral: Duas doses (contra sarampo, caxumba e rubéola) para nascidos a partir de 1960;
- dTpa: Reforço da vacina contra difteria, tétano e coqueluche a cada dez anos;
- Influenza: Dose única anual;
- Febre Amarela: Duas doses recomendadas pela SBIm para quem vive ou viajará para áreas de risco;
- HPV: Recomendada preferencialmente a vacina HPV9, em esquema de três doses, para homens e mulheres ainda não vacinados;
- Herpes Zóster: Vacina inativada (VZR) recomendada como rotina a partir dos 50 anos, em duas doses;
- Meningocócicas (ACWY, C e B): Indicadas em situações epidemiológicas específicas ou para grupos de risco;
- Pneumocócicas: Recomendadas para portadores de comorbidades ou rotina a partir dos 50 anos, a critério médico;
- Dengue: Vacina Qdenga recomendada mesmo para quem não teve a doença, até os 60 anos, em duas doses;
- Varicela (Catapora): Duas doses para adultos que não tiveram a doença e não foram vacinados.
O que a extensa lista da SBIm revela é que a vulnerabilidade não prescreve com a idade. Diante de um desafio complexo, que mistura a velocidade da desinformação com a simples falta de conhecimento, a fábrica ou o escritório se tornam espaços inesperados de exercício das práticas de saúde pública.
O envolvimento corporativo deixa de ser um acessório de gestão de pessoas e se converte em infraestrutura crítica: um esforço estratégico para garantir que o calendário vacinal adulto saia da teoria e que os imunizantes cheguem, de fato, ao braço do trabalhador.
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