Com o avanço da Indústria 4.0, a digitalização dos processos industriais trouxe um novo desafio: tornar os sistemas de controle, monitoramento e gestão acessíveis em qualquer dispositivo, do painel da sala de comando ao smartphone do gestor. É nesse contexto que o desenvolvimento de interfaces responsivas vem ganhando espaço nas indústrias brasileiras.
Segundo Renato Bruno Silva, analista de Tecnologia do Senai-MG, uma interface responsiva é aquela que se ajusta automaticamente ao tamanho e ao formato da tela, mantendo a clareza das informações e a precisão das interações.
“Isso garante que botões, gráficos, tabelas e alertas se adaptem ao dispositivo, oferecendo sempre a melhor experiência possível, seja em um painel, tablet ou celular”, explica à Itatiaia.
De acordo com Renato, a importância da responsividade é tanto estratégica quanto operacional. Em ambientes produtivos, diferentes profissionais acessam dados em contextos distintos. Operadores, engenheiros e gestores precisam visualizar as mesmas informações com igual eficiência, independentemente do dispositivo. Essa flexibilidade aumenta a produtividade e agiliza a tomada de decisões.
Eficiência, segurança e usabilidade
No entanto, criar uma interface clara e fácil de usar exige superar desafios específicos do ambiente industrial. “Esses sistemas geram grandes volumes de dados e operam em condições adversas, como pouca iluminação e uso de luvas”, explica Renato. Por isso, o design deve priorizar botões grandes, alto contraste e organização visual intuitiva, garantindo que a operação seja segura e à prova de erros.
O design de interface (UX/UI) também influencia diretamente na redução de falhas e no tempo de treinamento. Interfaces bem estruturadas organizam as informações de forma hierárquica, utilizam cores para destacar alertas e incorporam confirmações em ações críticas prevenindo desligamentos acidentais e outros erros operacionais.
No Brasil, o investimento em sistemas com design responsivo vem crescendo, impulsionado pela necessidade de modernização. Setores como o automotivo, agroindustrial, de mineração e manufatura avançada já adotam plataformas SCADA e MES com esse tipo de tecnologia.
Para Renato, a tendência é clara: uma boa interface deixou de ser diferencial e se tornou essencial para garantir eficiência, segurança e agilidade nas operações industriais.
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