Investimento em ensaios de vibração protege saúde e caixa da empresa; entenda

Ensaios técnicos em veículos vão além do conforto: garantem produtividade e evitam processos trabalhistas. Estudo internacional reforça a importância de laboratórios especializados para dominar tecnologias complexas de suspensão e atender normas de segurança

Investir em ensaios de vibração e ruído é estratégia de proteção do capital humano e financeiro

Para o pequeno e médio gestor da indústria nacional, a frota de veículos (sejam caminhões de distribuição ou maquinário agrícola) costuma ser vista sob a ótica da manutenção mecânica e do consumo de combustível. No entanto, há um custo que corrói a produtividade e pode gerar passivos trabalhistas graves: a vibração.

Um estudo abrangente publicado no periódico científico Shock and Vibration (Hindawi), conduzido por pesquisadores da Universidade de Jiangsu e da Universidade Técnica de Tamale, oferece um alerta crucial para quem toma decisões.

Investir em ensaios de vibração e ruído, contratando laboratórios competentes, deixou de ser um preciosismo de engenharia para se tornar uma estratégia de proteção do capital humano e financeiro.

O inimigo oculto na cabine

A vibração não é apenas um incômodo; é um risco ocupacional mensurável. A pesquisa destaca que a “vibração de corpo inteiro” (WBV) é uma preocupação significativa, pois impacta diretamente a saúde do operador.

Para um gestor, um motorista afastado significa logística parada. O estudo aponta que a exposição contínua a essas vibrações aumenta a carga sobre a coluna vertebral e eleva o risco de dores ciáticas e lesões nos discos. Mais do que isso, motoristas de longa distância ocupam o segundo lugar em problemas de saúde ocupacional devido a distúrbios musculoesqueléticos severos.

Ignorar esses dados é assumir o risco de uma equipe fatigada e propensa a erros. É o que aponta a Organização Internacional de Padronização (ISO), à medida que a aceleração vertical aumenta, o conforto cai e os riscos à saúde sobem.

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Por que contratar um laboratório especializado?

O gestor pode se perguntar: “Por que não resolver isso internamente?”. A resposta está na complexidade tecnológica apontada pelo estudo. A era das simples molas de metal ficou para trás.

A indústria migrou para suspensões pneumáticas (a ar), que são muito mais eficazes para isolar vibrações de baixa frequência (abaixo de 5 Hz), as mais nocivas ao corpo humano. No entanto, validar e manter esses sistemas exige expertise que foge ao escopo de uma gerência de frota comum.

O estudo detalha que as suspensões modernas se dividem em tecnologias complexas que exigem testes rigorosos:

  • Sistemas Semiativos: Utilizam amortecedores com fluidos magnetoreológicos, que alteram a viscosidade em tempo real para se adaptar ao terreno;
  • Sistemas Ativos: Dependem de sensores, processadores e atuadores para controlar a altura e a estabilidade do veículo milissegundo a milissegundo.

Um laboratório profissional não apenas afere se o veículo está “balançando muito”. Ele utiliza modelos matemáticos avançados (como termodinâmicos e de elementos finitos) para prever como esses sistemas complexos se comportarão sob carga real.

Tentar validar esses sistemas sem o amparo de um laboratório é “dar um tiro no escuro”. A pesquisa revela que o comportamento das molas de ar é não linear e difícil de modelar sem equipamentos de ponta. Fatores como a transferência de calor dentro da bolsa de ar e o atrito interno influenciam diretamente na segurança e no conforto.

O veredito para o gestor

Ao contratar um laboratório de ensaios experiente, o gestor industrial não está apenas comprando um laudo técnico. Ele está adquirindo:

  1. Conformidade Legal: Garantia de que os veículos operam dentro das zonas de cautela e segurança estipuladas pelas normas ISO;
  2. Redução de Custos: Menor incidência de afastamentos médicos por dores lombares e fadiga muscular;
  3. Assertividade na Compra: Capacidade de escolher veículos com a tecnologia de suspensão (passiva, semiativa ou ativa) adequada à realidade da sua operação, baseada em dados e não em promessas de catálogo.

Em um mercado competitivo, a informação técnica de qualidade é o que separa um custo desnecessário de um investimento inteligente.

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Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa Jornalismo e escreve sobre Cultura e Indústria no portal da Itatiaia. Apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema, Amanda é mãe do Joaquim.

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