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Clima organizacional e bem-estar: como a saúde emocional afeta a produtividade

Monitoramento, liderança e canais de apoio são componentes centrais para enfrentar transtornos mentais no trabalho

Pesquisas de clima organizacional ajudam a identificar setores com maior risco e a orientar intervenções

O clima organizacional e a saúde emocional dos trabalhadores se influenciam mutuamente. Estudos apontam que ambientes com sobrecarga, baixa autonomia ou relações fracas entre equipes aumentam risco de exaustão emocional, depressão e ansiedade. Por outro lado, o clima propício protege e favorece o desempenho do trabalhador.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o local de trabalho é um dos cenários em que intervenções podem melhorar a saúde mental em larga escala, reduzindo o estigma e aumentando o acesso a cuidados.

A OMS recomenda que os empregadores identifiquem e modifiquem fatores de risco psicossociais como cargas excessivas e comportamentos negativos, e promovam políticas de apoio.

O impacto prático nas empresas

Relatórios setoriais e iniciativas de saúde ocupacional mostram efeitos mensuráveis. Materiais e serviços oferecidos pelo Sesi Vida, como programas de saúde no trabalho que incluem mapeamento de saúde mental, treinamentos e campanhas internas, têm entre seus objetivos reduzir o absenteísmo e melhorar o clima organizacional. Essas ações também são apresentadas como forma de reduzir custos indiretos relacionados à perda de produtividade.

Revisões científicas indicam associação consistente entre baixos níveis de suporte no trabalho, baixa autonomia e maior exaustão emocional. Em contrapartida, intervenções organizacionais (mudanças de processo, liderança e suporte) podem reduzir sintomas e afastamentos quando bem desenhadas e acompanhadas por avaliação.

Como agir: diagnóstico, liderança e canais de apoio

Especialistas destacam três frentes práticas para as empresas:

Mapeamento — aplicar pesquisas de clima e questionários de saúde emocional por setor para identificar riscos e prioridades.

Liderança e treinamento — capacitar gestores para reconhecer sinais de sofrimento e para adotar práticas que reduzam fatores de estresse.

Canais de acolhimento e acesso a cuidado — oferecer canais confidenciais de acolhimento, encaminhamento a serviços de saúde ocupacional e programas de prevenção.

Avaliar impacto é parte central: medir absenteísmo, presenteísmo (queda de produtividade em quem está presente), níveis de estresse e satisfação permite ajustar as ações. Revisões sistemáticas mostram que intervenções multifacetadas, combinando organização do trabalho, capacitação e suporte clínico, tendem a gerar melhores resultados do que ações isoladas.

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Erem Carla é jornalista com formação na Faculdade Dois de Julho, em Salvador. Ao longo da carreira, acumulou passagens por portais como Terra, Yahoo e Estadão. Tem experiência em coberturas de grandes eventos e passagens por diversas editorias, como entretenimento, saúde e política. Também trabalhou com assessoria de imprensa parlamentar e de órgãos de saúde e Justiça. *Na Itatiaia, colabora com a editoria de Indústria.