O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vai iniciar a reunião que define a 
A expectativa para o comunicado da quarta-feira (5) é de manutenção da taxa básica em 15% ao ano, em linha com a ata do Copom da reunião de setembro. Na ocasião, os diretores sinalizaram para um patamar elevado da Selic por um 
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“O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado”, disse o Banco Central.
Porém, o comunicado pode indicar uma mudança de tom do Copom, segundo avaliação da economista-chefe do banco Inter, Rafaela Vitoria. A especialista cita uma leitura de desaceleração da inflação, que segundo o Boletim Focus se aproxima do teto da meta de 4,5%, além de um câmbio controlado.
Mesmo com a leitura mais otimista do cenário macroeconômico, a economista espera que o Copom mantenha uma postura mais cautelosa, mantendo a indicação de juros altos por mais tempo e empurrando o corte para o 1º trimestre de 2026. “O Copom já poderia abrir a porta para iniciar a discussão sobre a flexibilização da política monetária a partir de dezembro, mas deve manter ainda um discurso mais cauteloso”, completou.
Comunicado pode permanecer duro
Na leitura do gestor de renda fixa do Inter Asset, Ian Lima, o comunicado do Copom deve reforçar a estratégia de manutenção da Selic em patamares elevados. Para ele, o tom deve permanecer duro e com poucas modificações, em especial no balanço de riscos.
“Apesar da melhora inequívoca das expectativas do Focus entre reuniões (que já sugere uma reancoragem parcial) e um qualitativo de inflação corrente bastante benigno, condizente com a eficácia da atual política restritiva”, disse.