Dólar sobe para R$ 5,57, e Bolsa volta a cair nesta segunda-feira (29)

Moeda americana teve bom desempenho com notícias dos Estados Unidos, enquanto Ibovespa caiu com sessão de baixa liquidez

Moeda americana valorizou em sessão com baixo volume de negócios

O dólar abriu a semana em alta, com uma valorização de 0,48% nesta segunda-feira (29), cotado em R$ 5,57. O bom desempenho da moeda americana ocorre na esteira das reuniões do presidente Donald Trump com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

A expectativa de um acordo de paz entre Ucrânia e Rússia, mediado pelos EUA, favorece o câmbio, assim como uma perspectiva de estabilidade duradoura no Oriente Médio. Contudo, a semana é marcada por um menor volume de negócios, ao passo que os mercados operam com o calendário de fim de ano.

A valorização do dólar também é uma característica do período. Investidores estrangeiros tendem a retirar a moeda do país, na medida em que as empresas filiadas levam os lucros de volta aos Estados Unidos. A falta de eventos significativos também tende a reduzir a liquidez do dia.

“O encerramento do ano costuma ser marcado por maior volume de remessas de lucros ao exterior, reduzindo a oferta de moeda americana no mercado doméstico e ampliando movimentos especulativos”, disse o analista de inteligência de mercado da StoneX, Leonel Mattos.

Ibovespa cai, mas mantém os 160 mil pontos

Por outro lado, o Índice Bovespa (Ibovespa), principal indicador do mercado de ações brasileiro, fechou o dia com uma queda de 0,25% aos 160.490,30 pontos, com uma sessão de liquidez reduzida. No ano, o indicador acumula uma alta de 33,43%, caminhando para o seu melhor desempenho desde 2016 (+38,9%).

A queda foi segurada pelo bom desempenho da Petrobras, impulsionada pela alta do preço do petróleo. Uma das gigantes do mercado local, a petrolífera teve uma valorização de 0,65% nas ações ordinárias, e de 1,05% nas ações preferenciais.

O Ibovespa ainda sofreu uma pressão negativa da Vale. As ações ordinárias da mineradora recuaram 1,37%, mesmo com um avanço do preço do minério de ferro na sessão. A queda é explicada pelos operadores por uma realização de lucros dos investidores, ou seja, quando eles aproveitam a valorização acumulada para venderem suas posições. A empresa sobe mais de 12% no mês e quase 50% no ano.

*Com Estadão Conteúdo

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.

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