O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (29), que o país atacou uma área de porto na Venezuela. Esse seria o primeiro ataque ao território venezuelano desde que os americanos aumentaram a presença militar no mar do Caribe para pressionar o regime de Nicolás Maduro, em uma escalada inédita no conflito.
A declaração do ataque foi feita por Trump a jornalistas durante a visita do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida. “Houve uma grande explosão na área de um cais onde carregam as embarcações com drogas. Atacamos todas as embarcações, e agora atacamos a zona, que já não existe”, disse.
Contudo, Trump não detalhou a ação americana em território venezuelano, sem especificar se foi uma operação das Forças Armadas, ou da Agência de Inteligência (CIA). No domingo (28), os americanos enviaram novos aviões militares para a costa de Porto Rico.
Segundo a CNN, foram vistos aviões de transporte C-130J Super Hercules taxiando e decolando do Aeroporto Rafael Hernandez. Humvees e MRAPs (Veículos Protegidos contra Minas e Emboscadas), veículos militares americanos, também foram vistos na região, além de drones.
A tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela começou em agosto, quando o governo Trump aumentou a recompensa por informações sobre Nicolás Maduro para 50 milhões de dólares. O país também enviou militares e vários veículos e aeronaves militares para o Caribe.
Como justificativa para o envio de tropas militares à região, o governo norte-americano apontou o tráfico internacional de drogas. Os EUA realizaram vários ataques contra navios em águas internacionais no Pacífico e no Caribe, também sob essa mesma justificativa de que eles seriam de narcotraficantes. Quase 100 pessoas morreram.
A mais recente ação dos EUA contra a Venezuela foi o bloqueio de navios petroleiros do país, que estariam supostamente sancionados. A agência estatal venezuelana, porém, afirmou que a exportação de petróleo ocorre normalmente no país.