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No documento, Waller pede a suplementação de quase R$ 89 milhões do orçamento ao Ministério da Previdência. Segundo o ofício, a suspensão busca evitar impactos administrativos caso o programa continuasse sem a verba garantida.
O presidente do INSS determina ainda que novas análises sejam interrompidas, tarefas em andamento retornem às filas ordinárias, e o agendamento do Serviço Social fora do expediente seja suspenso. “A suspensão é temporária e necessária diante da atual indisponibilidade orçamentária”, diz o comunicado.
O PGB estava em vigor desde abril, pagando a servidores um adicional de R$ 68 por processo de análise de benefício concluído e R$ 75 por perícia médica. O bônus era pago a quem ultrapassasse as metas de trabalho, mas o valor não poderia ultrapassar o teto do funcionalismo, calculado em R$ 46,3 mil.
O programa substitui o Plano de Enfrentamento à Fila da Previdência, encerrado em 2024. Segundo o próprio INSS, a iniciativa era essencial para reduzir o tempo médio de análise dos pedidos, mas a verba de R$ 200 milhões prevista para este ano já foi totalmente consumida.
O problema no orçamento é um reflexo do cenário fiscal do governo, que busca alternativas para fechar as contas no azul em 2026, após a derrota da medida provisória que aumentava imposto sobre investimentos e apostas online. A medida era vista como fundamental para o Ministério da Fazenda atingir a meta de superávit primário.