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No ano, a inflação acumula uma alta de 3,92% e, nos últimos 12 meses, o índice foi de 4,46%, entrando pela primeira vez dentro da meta de 3% considerando o intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Em novembro de 2024, a variação do IPCA havia sido de 0,39% de acordo com o IBGE.
Avanço modesto do PIB dá sinais de desaceleração da economia com juros altos Última ‘superquarta’ do ano movimenta o mercado com decisão de juros nos EUA e Brasil
Segundo o instituto, o principal impacto positivo do índice veio do subitem passagem aérea, que subiu 11,9%, com uma influência de 0,07 ponto percentual na inflação. Outra influência para a alta da inflação foi a energia elétrica residencial, que subiu 1,27%, com reajustes tarifários em algumas concessionárias, e a hospedagem, que variou 4,09% em novembro, com destaque para alta registrada em Belém na COP 30.
As principais quedas foram nos itens de higiene pessoal, 1,07% mais baratos, e em produtos alimentícios importantes na mesa das famílias, como o tomate (-10,38%) e o arroz (-2,86%). Assim, o grupo de Alimentação e bebidas registrou uma deflação de -0,01%. A alimentação fora de casa variou 0,46% no mês.
O economista sênior do banco Inter, André Valério, destacou que a média dos núcleos desacelerou de 0,26% em outubro para 0,23% em novembro, fazendo a média móvel de três meses cair 0,22%. Por outro lado, a inflação de serviços acelerou pelo segundo mês consecutivo, avançando 0,6%.
“O resultado de novembro confirma um quadro benigno para a inflação, com núcleos cedendo e mostrando maior acomodação. Nesse contexto, aumentam as chances de o IPCA encerrar 2025 dentro da meta, e vemos condições favoráveis para que o Copom inicie o ciclo de cortes já na reunião de janeiro”, disse.
Taxa básica de juros
A inflação é a principal variável de impacto na taxa básica de juros, a Selic. Nesta quarta-feira (10), o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) vai divulgar a nova taxa de referência. O mercado espera que ela seja mantida em 15% ao ano, patamar elevado e usado pelo Banco Central como estratégia para desacelerar o consumo das famílias e reduzir o IPCA.
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Porém, com a inflação próxima da meta, existe a possibilidade de que o colegiado possa indicar um corte em janeiro. “Esperamos que a comunicação da decisão de hoje traga sinais nessa direção”, disse André Valério.