O Brasil registrou inflação de 0,26% em julho, alta de 0,02 ponto percentual em relação a junho, impulsionado principalmente pela energia elétrica residencial. No ano, a inflação acumulada é de 3,26% e, nos últimos 12 meses, de 5,23%.
Os dados constam no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“De janeiro a julho, energia elétrica residencial acumula uma alta de 10,18%, destacando-se como o principal impacto individual (0,39 p.p.) no resultado acumulado do IPCA. Esta variação (10,18%) é a maior para o período de janeiro a julho desde 2018 quando o acumulado foi de 13,78%”, afirma Fernando Gonçalves, gerente do IPCA.
Segundo ele, sem a pressão das contas de luz, a inflação ficaria em 0,15%.
Também registraram alta os grupos de:
- Despesas pessoais (0,08 p.p), impulsionado pelo reajuste dos jogos de azar;
- Transportes (0,07 p.p.), impactado pela alta nas passagens aéreas;
- Saúde e cuidados pessoais (0,06 p.p.), com destaque para as altas nos itens de higiene pessoal (0,98%) e no plano de saúde (0,35%).
Já as principais quedas vieram dos grupos Alimentação e bebidas (-0,06 p.p.) e Vestuário (-0,03 p.p.).
Em relação às capitais, São Paulo apresentou a maior variação (0,46%), pressionada pela passagem aérea e pela energia elétrica residencial, enquanto Campo Grande registrou a menor variação (-0,19%) em razão da queda na batata-inglesa e na energia elétrica residencial.