Teuda Bara, ícone do Grupo Galpão, deixa legado no teatro, no cinema e na TV

A atriz mineira, que faleceu nesta quinta-feira (25) aos 84 anos, estava internada desde 14 de dezembro em um hospital privado de Belo Horizonte

A atriz foi homenageada pela CMBH neste mês de dezembro.

A atriz Teuda Bara, uma das fundadoras da companhia de teatro Grupo Galpão, morreu aos 84 anos nesta quinta-feira (25), em Belo Horizonte.

A morte foi confirmada pela assessoria do Grupo Galpão nas redes sociais, que afirmou que a partida de Teuda representa uma perda “imensurável” para o teatro brasileiro e para todos que conviveram com a atriz.

Ela estava internada desde 14 de dezembro em um hospital particular da capital mineira.

Quem foi Teuda Bara?

Teuda Magalhães Fernandes nasceu em 1º de janeiro, na capital mineira.

Filha de um militar do Corpo de Bombeiros, que também era trombonista, e de uma enfermeira cantora e parodista, Teuda nunca frequentou formalmente um curso de teatro.

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Ela estudou Ciências Sociais na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e participou de atividades de teatro-jornal no Diretório Acadêmico da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Teuda abandonou o curso superior para trabalhar com o diretor Eid Ribeiro, antes de se mudar para São Paulo.

De volta a Belo Horizonte, entrou para uma oficina de teatro dirigida por dois integrantes do Teatro Livre de Munique, George Froscher e Kurt Bildstein, que se tornaria o embrião do Grupo Galpão.

No teatro, participou de dezenas de montagens, incluindo Álbum de Família, de Nelson Rodrigues, e o espetáculo solo Luta, apresentado em 2024.

Ainda neste mês, Teuda se apresentaria com a peça Doida, no teatro de bolso do Sesc Palladium, também em Belo Horizonte. No entanto, no dia da segunda apresentação, em 14 de dezembro, ela precisou ser internada.

Sucessos na TV e no Cinema

Na televisão, a atriz participou de séries de humor, com aparições em Toma Lá, Dá Cá (2008) e Filhos da Pátria (2017), além de integrar o elenco da novela Meu Pedacinho de Chão (2014).

No cinema, Teuda atuou em longas-metragens como O Menino Maluquinho (1995), Vinho de Rosas (2005) e O Palhaço (2011).

Teuda deixa dois filhos, André e Admar, e um legado de décadas dedicadas à arte, especialmente ao teatro.

Ela será velada na sexta-feira (26), no foyer do Palácio das Artes, em BH, a partir das 10h (horário de Brasília).

Graduada em Jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já foi produtora de programas da grade e repórter da Central de Trânsito Itatiaia Emive.

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