No mês em que a capital mineira celebra seus 128 anos, um de seus marcos arquitetônicos e culturais mais emblemáticos recebe um presente histórico. Na terça-feira (23), às 10h, o Palácio das Artes inaugura o projeto “Espaço, Memória, Cultura e Patrimônio”. A iniciativa consiste em uma exposição permanente e um portal digital dedicados a desvendar as camadas de história, personagens e curiosidades que moldaram a instituição ao longo das décadas.
O projeto, realizado pela Coreto Cultural com apoio da Fundação Clóvis Salgado e patrocínio da Cemig, busca transformar a visita ao Palácio em uma experiência educativa e sensorial.
Uma linha do tempo em grandes painéis
A exposição, localizada na área da Galeria Mari’stella Tristão (subsolo), apresenta uma linha do tempo projetada em grandes painéis gráficos, reunindo textos e imagens de marcos históricos. Além do impacto visual, a mostra aposta na interatividade: sinalizações com QR Codes permitirão aos visitantes acessar biografias detalhadas das personalidades que dão nome às salas e galerias do complexo.
Nomes como Juscelino Kubitschek, Oscar Niemeyer, Guignard, Amilcar de Castro e Pedro Moraleida deixam de ser apenas placas nas portas para se tornarem trajetórias vivas ao alcance do celular. Todo esse conteúdo também estará disponível no site www.espacomemoria.com.br.
Legado contemporâneo
A pesquisa para o projeto durou um ano e percorreu acervos de BH, Rio de Janeiro e São Paulo. O levantamento resgata desde a “utopia modernista” de JK, que encomendou o teatro a Niemeyer em 1941, até a consolidação do espaço como um centro de formação.
“Celebrar a memória do Palácio das Artes é reafirmar o compromisso de Minas Gerais com a preservação de sua história. Esta iniciativa aproxima o público de um patrimônio vivo”, afirma a Secretária de Estado de Cultura e Turismo, Bárbara Botega.
Para o presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis, o projeto é um movimento fundamental para a democratização do espaço. “Faltava essa ação para que as pessoas pudessem entender a grandiosidade deste equipamento. É um legado para os próximos 55 anos”, destaca.
O artista plástico Marconi Drummond, que colabora com a curadoria, ressalta que o projeto não apenas conta a história de um prédio, mas a própria evolução da modernidade em Minas. A produtora Lilian Nunes, idealizadora da proposta, reforça que o objetivo é fazer com que o público que frequenta o Grande Teatro ou as galerias compreenda a totalidade e a importância da instituição onde se encontra.
Serviço - Exposição “Espaço, Memória, Cultura e Patrimônio”.
- Quando: 23 de dezembro, terça-feira, às 10h.
- Onde: Galeria Mari’stella Tristão (Subsolo do Palácio das Artes – Av. Afonso Pena, 1537).
- Acesso gratuito