Estudantes dos cursos de Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) usaram cartazes para denunciar falas racistas de um professor do Departamento de Sociologia da universidade.
Pelo perfil no Instagram, o Centro Acadêmico Lélia Gonzalez, que reúne alunos dos dois cursos, divulgou fotos de dois cartazes com frases que teriam sido ditas pelo professor durante as aulas. Os cartazes foram pregados em muros da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), que fica no Campus Pampulha. Veja as fotos:
O Centro Acadêmico também emitiu uma nota de repúdio, afirmando que as declarações e práticas do professor são “incompatíveis com os princípios de igualdade, diversidade e inclusão que devem nortear o ambiente educacional”. O grupo ofereceu apoio ao estudantes afetados pelas frases do professor.
“O papel do professor é orientar os alunos na construção do conhecimento, estimulando o pensamento crítico e a reflexão, mas jamais propagar discursos de ódio ou perpetuar ideologias preconceituosas.”
Em contato com a Itatiaia, a assessoria da UFMG informou que não vai se posicionar sobre o assunto. A universidade informou que não havia recebido nenhuma denúncia oficial sobre o assunto até às 11h desta segunda-feira (10).
A UFMG confirmou que recebeu uma “demanda relativa ao caso” na tarde desta terça-feira (11). O relato vai ser encaminhado para a diretoria da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH), onde o processo será apurado e as possíveis medidas disciplinares serão tomadas.
A UFMG emitiu uma nota repudiando toda forma de discriminação e se comprometendo a promover o esclarecimento dos fatos com o devido rigor processual.
