As Copas do Mundo vão além das quatro linhas, e essa é a proposta central de ‘A vida em Copas: Memórias, culturas e símbolos que a bola conta’, livro escrito pelo jornalista Elcio C. Padovez e publicado pela editora Letras do Brasil. A obra reúne quase duas décadas de vivências em coberturas do principal torneio do futebol mundial, trazendo bastidores, curiosidades e relatos inéditos das edições realizadas na Alemanha, no Brasil, na Rússia e no Catar.
O livro está à venda pelo valor de R$ 76 no site da editora. O evento de pré-lançamento foi realizado no dia 5 de dezembro, em São Paulo.
Com 230 páginas, a publicação conta com apresentação de José Silvério, jornalista que acompanhou 11 Copas do Mundo in loco. O conteúdo é organizado em quatro capítulos, cada um dedicado a um Mundial específico deste século.
Ao longo do texto, Padovez propõe uma leitura que cruza futebol, cultura, política e sociedade, analisando como cada Copa foi construída, os efeitos do evento nos países-sede e os impactos antes, durante e depois da competição.
Seção para temas complementares
Ao final de cada capítulo, o autor inclui a seção intitulada “acréscimos”, dedicada a temas complementares relacionados a cada edição da Copa do Mundo. A proposta é ampliar o contexto histórico e simbólico apresentado ao longo do livro, oferecendo novas camadas de leitura ao público.
“O livro é resultado de quase 20 anos de experiências, pesquisas e trabalhos de campo acompanhando edições da Copa do Mundo de maneira intensa, tanto como espectador quanto como profissional de comunicação”, afirma Padovez.
Segundo ele, a obra também percorre momentos de sua trajetória pessoal e profissional, conectando essas vivências às histórias das Copas da Alemanha, Brasil, Rússia e Catar.
Histórias com Galvão Bueno
Entre os bastidores relatados, o autor narra um episódio ocorrido durante a Copa de 2014, quando precisou criar uma narrativa para valorizar uma marca durante a exibição da bola oficial do torneio no Jornal Nacional, apresentado por Galvão Bueno.
O livro também aborda reportagens produzidas durante a Copa do Catar, em 2022, com foco em aspectos pouco visíveis da sociedade local, como moradias de trabalhadores africanos e asiáticos, além de ambientes ligados à prostituição e a práticas consideradas proibidas na cultura do país.
Além dos grandes personagens do futebol, a obra destaca histórias de pessoas anônimas cujas vidas foram impactadas pela Copa do Mundo.
Entre elas, a de um alemão que viveu a Segunda Guerra Mundial e acompanhou a evolução do futebol no país ao longo dos séculos XX e XXI, e a de um médico mineiro que deixou a filha recém-nascida para viajar de carro e acompanhar a Copa de 1962, no Chile.
