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‘Ivete Clareou’, nova turnê de Ivete Sangalo, vai homenagear cantora mineira

Com show marcado em BH, artista vai celebrar o samba na nova turnê que passa por cinco capitais do Brasil

Clara Nunes nasceu em Caetanópolis, interior de Minas Gerais

Ivete Sangalo vai homenagear a cantora Clara Nunes em sua nova turnê, que já tem data para chegar a Belo Horizonte. Natural de Caetanópolis, no interior de Minas Gerais, a sambista, considerada uma das maiores intérpretes do Brasil, morreu aos 40 anos, no Rio de Janeiro.

O ‘Clareou’, que dá nome ao projeto, é uma homenagem à cantora. Isso porque, ainda criança, a primeira música que Ivete aprendeu a cantar inteira foi “Conto de Areia”, de Clara. Com apenas três anos, ela trocava algumas palavras da canção, o que lhe rendeu o apelido de “Veveta marexeira”.

O projeto promete uma experiência imersiva no gênero musical, com releitura de clássicos e canções autorais da artista. A turnê ainda celebra a conexão de Ivete com o samba, gênero que faz parte de suas raízes musicais.

Nova turnê

“Ivete Clareou” foi lançada no dia 17 de junho por meio de uma transmissão ao vivo em seu canal no YouTube. A artista baiana leva o show para cinco capitais brasileiras, entre elas, Belo Horizonte.

Na capital mineira, a baiana desembarca no dia 1º de novembro. Além de BH, ela passa por outras quatro cidades: São Paulo (25/10), Rio Janeiro (22/11), Salvador (30/11) e Porto Alegre (13/12).

A venda de ingressos será liberada no dia 8 de julho, exclusivamente pelo site da Ingresse.

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Morte de Clara Nunes

A cantora, dona de sucessos como “Canto das Três Raças”, “O Mar Serenou”, “A Deusa dos Orixás” e “Guerreira”, morreu em 1983, quando tinha apenas 40 anos de idade, após se submeter a uma cirurgia de varizes. A morte foi causada por choque anafilático.

História de Clara Nunes

Nascida em uma família de pessoas humildes, ela começou a vida trabalhando numa fábrica de tecidos, até se mudar para Belo Horizonte. Em 1966, ela lançou “A Voz Adorável de Clara Nunes”, seu primeiro disco, dando voz a valsas e boleros.

Foi apenas em 1968, com a produção de Adelzon Alves, que Clara selou seu encontro definitivo junto ao samba, graças ao enorme sucesso de “Você Passa Eu Acho Graça”, música do conterrâneo mineiro Ataulfo Alves, em parceria com Carlos Imperial.

E foi no Rio de Janeiro que Clara Nunes se tornou um fenômeno nacional. Lá, se encontrou com os bambas da Portela, passou a frequentar a quadra da agremiação, interpretou músicas de Cartola, Nelson Cavaquinho, Elton Medeiros e Paulinho da Viola.

Com suas obras, Clara trouxe as religiões da matriz africana para o centro da Música Popular Brasileira e se consagrou como a primeira cantora a ultrapassar a barreira de cem mil cópias vendidas.

André Viana é jornalista, formado pela PUC-MG. Já trabalhou como redator e revisor de textos, produtor de pautas e conteúdos para rádio e TV, social media, além de uma temporada no marketing.