O Comando-Geral da Polícia Militar de Minas acionou a Justiça eleitoral contra um policial candidato a deputado estadual por violar a legislação e “expor e ofender” a corporação. Segundo a petição inicial da PM mineira, o candidato Cabo Meireles (DC) teria se vestido como militar para tentar se associar à corporação - o que, pela lei, é proibido.
No vídeo divulgado pelo candidato, ele se veste com uniforme semelhante ao de praças da PM e aparece acorrentado por um coronel da corporação. No fim do vídeo, um outro homem, também vestido de policial, acaba libertando o que estava amordaçado.
“O vídeo não possui áudio, mas a história encenada, associada à legenda que a acompanha cria uma narrativa de denúncia de abusos e opressão existentes no seio da Polícia Militar de Minas Gerais, que foi denominada de establishment ultrapassado e falido, contra o qual seria necessário levantar sujeitos de coragem e vontade para lutar e conseguir mudar a realidade de abandono da tropa, se colocando como o candidato que se indispõem com o comando em respeito à tropa”, alega, na petição inicial, a PM.
Na representação feita ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), a PM alega que, ao se vestir como policial na peça publicitária, o candidato acaba ferindo a Lei das Eleições, que proíbe candidatos de tentarem se associar a marcas e símbolos de instituições, entidades e empresas públicas.
Meireles é policial militar da ativa desde o final de 2008.