O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se reunirá, na próxima quarta-feira (22), com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo o vice-governador, Mateus Simões (Novo), a reunião foi marcada nesta segunda (20), no Palácio do Planalto. “Saímos de lá com reunião marcada já também a pedido do presidente Lula com o ministro Haddad. Reunião que deve acontecer na quarta-feira, pra que a gente possa avançar. Lembrando que eu já tinha levado ao Ministro Haddad, na semana passada, representando o governador junto com outros governadores do sudeste a proposta de mudança da interpretação da norma sobre os juros pagos na dívida isso reduz o valor total da nossa dívida em 15%" afirmou o vice-governador. O evento ainda não está na agenda de Haddad.
Simões disse que vê com “bons olhos” a do proposta do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para negociar a dívida de R$ 160 bilhões. No entanto, segundo ele, o instrumento será o Regime de Recuperação Fiscal. " O que eu a acho mais importante dessa reunião é o diálogo e a compreensão de que nós não estamos falando em substituir o RRF por outra coisa, mas de ter mecanismos que façam com que o RRF fique mais suave, por exemplo se a gente entrega das estatais em federalização e algumas outras medidas estão sendo propostas pelo Senador Pacheco junto com o RRR. Ele passa a comportar, por exemplo, reajustes inflacionários anuais para os servidores”, explicou.
O vice-governador esteve com Romeu Zema no Palácio do Planalto, nesta segunda (20), e afirma ter saído otimista do evento. “Saímos animados da conversa com o ministro Costa. Estamos indo animados para conversa com o ministro Haddad na quarta e imagino que a gente vai ter uma reunião com o presidente Rodrigo Pacheco nos próximos dias, ele sinalizou que não conseguiria estar conosco na segunda (20), mas que ele estaria conosco ao longo da semana antes da viagem dele para a COP”, revelou Simões.
Antes de receber Zema, Pacheco vai se reunir pela terceira vez com o presidente Lula para tratar do assunto, o que deve acontecer até esta terça-feira (21). O presidente do Senado deve apresentar o projeto preliminar de renegociação da dívida. Em paralelo, o governo de Minas tem até 20 de dezembro, prazo dado pelo STF, para aprovar a RRF no senado. Caso contrário, terá que voltar a pagar o valor integral das parcelas mensais da dívida com União, o que causaria um impacto drástico nos cofres do estado. “Parcelamento e atrasos de salários”, segundo Simões, estão entre os possíveis prejuízos.
Além da reunião com Haddad, na quarta, Zema e Simões participarão da posse do desembargador mineiro José Afrânio Vilela, que vai assumir o cargo de ministro do Superior Tribunal de Justiça.