O último episódio envolvendo a mineradora Vale tem duas perguntas que precisam ser respondidas e que permanecem sem resposta. Por que a Vale não protocolou o documento apontando instabilidade nas pilhas de estéril da Mina de Fábrica Nova, em Mariana (MG), em 2020, quando ele foi feito? E, já que as estruturas não oferecem risco, por que a mineradora não tem laudo de estabilidade?
Pelo que a Itatiaia revelou, a empresa inseriu o documento da Walm no Sistema Eletrônico de Informação no dia 25 de setembro de 2023 após uma cobrança feita pela equipe de lavra da Agência Nacional de Mineração (ANM). Quando protocolou o documento, a mineradora apresentou uma informação antiga, apontando um risco que, segundo relatório da Agência Nacional de Mineração (ANM), foi omitido. Em 2020, de acordo com o órgão fiscalizador, não houve nenhum alerta da empresa para a comunidade ou para as autoridades.
Autoridades ouvidas pela coluna afirmam que a mineradora não tem declaração de estabilidade das pilhas e que pediu
Vamos aos fatos:
- Três pilhas de estéril foram interditadas
- Diferença entre estéril e rejeito: o estéril é um material descartado diretamente da lavra e o rejeito é descartado depois do beneficiamento
- A mineradora afirma - “diferente do que foi veiculado por alguns veículos de imprensa, a pilha de estéril é uma estrutura de aterro constituída de material compactado, diferente de uma barragem e não sujeita à liquefação”
- No entanto, a própria Vale afirma que há um dique pequeno (é uma espécie de barragem para conter liquido, no caso água), à frente das pilhas de estéril
- Segundo relatório da ANM, a partir do documento da consultoria Walm (contratada pela Vale), se as pilhas instáveis descessem elas passariam por cima da barragem e atingiriam 295 pessoas no distrito o de Santa Rita Durão, onde fica o subdistrito de Bento Rodrigues que foi destruído pela barragem da Samarco em 2015.
Multa
O diretor da ANM em Minas, Guilherme Santana Lopes Gomes, disse que mineradora Vale será