A alta do dólar pode inflacionar ainda mais os preços dos pães e do macarrão.
Os preços do trigo subiram nas regiões produtoras e quem tem estoque não quer vender pelos valores pagos pela indústria. Criou-se o impasse entre os produtores e os moinhos.
Paraná e Rio Grande Suł, maiores produtores de trigo no Brasil, tiveram aumento de 6 e 14% respectivamente na tonelada da tonelada do trigo.
Entretanto, os produtores não conseguem repassar os novos preços para o moinhos, que por sua vez, alegam dificuldades no repasse da farinha de trigo para a indústria com os valores corrigidos.
A ultima alta do dólar complica ainda mais o mercado do trigo. O Brasil não é autossuficiente nessa produção agrícola e no momento está comprando trigo da Argentina e pagando pelo cambio do dia.
Com o vaivém do dólar, ontem fechando a 6 reais, o mercado tranca as portas a espera de novas cotações do trigo, ainda mais nesse momento de efeito Trump.
É uma situação difícil de ser resolvida, faz parte do mercado. Porém, quando o clima derruba safras ou os preços despencam ninguém socorre o produtor.
Resultado final! Vem a inflação amassando o consumidor e acompanhada pelo desespero de quem precisa de voto e os palanques lançam as esperanças para a próxima colheita.
O ministro da agricultura Carlos Fávaro esteve num congresso internacional do agronegócio em Brasilia e destacou a importância do seguro rural para a agricultura brasileira. Ficou só no destaque!
Só que o governo não encontra solução para o problema. Hoje, o produtor rural tem um pouquinho menos de 1 bilhao para subsidiar o seguro rural. O produtor rural pede 4 bilhões.
Realmente e muito dinheiro a ser aprovado pelo Congresso Nacional, que rateia anualmente mais de 50 bilhões entre deputados e senadores para emendas parlamentares.
Na verdade, o agro só da voto quando falta alimento na mesa do consumidor. Ai, desce todo mundo de Brasilia armando novos palanques para socorrer o produtor e o consumidor na próxima safra.
Hoje, só falta subir o pão e o macarrão!