0 melhor é buscar um equilíbrio entre produtores e consumidores.
Confira com Valdir Barbosa…
Ano passado, todos se lembram, o preço do arroz disparou depois que o governo anunciou um leilão para importar o produto e evitar desabastecimento.
Houve uma correria aos supermercados e os preços do arroz foram lá em cima. Como o leilão levantou várias suspeitas de fraude, acabou sendo anulado e os preços do arroz voltaram ao normal com o mercado abastecido.
Agora a safra gaucha chega abastecida ao mercado e o preço da saca do arroz em casca que ano passado, nessa época, custava 120 reais, despencou para 80 reais.
O presidente da federação dos Arrozeiros gauchos, Alexandre Velho, afirma que 80 reais seria para pagar o custo do plantio e há riscos de uma queda mais acentuada.
O consumidor já deve ter percebido que algumas marcas apresentam preços na faixa de 23/24 reais o pacote de 5 quilos, enquanto tem arroz classe A sendo vendido a 30 reais o pacote.
Se o governo deseja regular os estoques de produtos essenciais, seria o momento de comprar o excesso da safra, evitando prejuízo dos produtores.
O arroz seria armazenado e entraria no mercado quando houvesse uma subida excessiva de preços na entressafra. Nada de importar livre de taxas. Aí é desrespeito com o produtor.
Hoje, a situação favorece o consumidor que na próxima entressafra poderia pagar a diferença em dobro. Por isso, é sempre bom buscar o equilíbrio entre o produtor e o consumidor. É nesse momento que o governo deveria intervir moderando o mercado.
